• Aécio Neves diz que rebaixamento 'mostra que o governo Dilma acabou'; FHC vê sintoma da falta de confiança
Oposição atribui perda a 'incompetência'
• Aécio Neves diz que rebaixamento 'mostra que o governo Dilma acabou'; FHC vê sintoma da falta de confiança
• Líder do governo na Câmara afirma que 'país não vai quebrar', pois tem colchão de reservas internacionais
- Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - Líderes da oposição afirmaram que a perda do selo de bom pagador do Brasil pela agência Standard & Poor's se deve aos erros na condução da economia pelo governo Dilma Rousseff.
Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o rebaixamento foi um "desastre anunciado", fruto da "incompetência e dos erros do governo".
Em nota, o tucano afirmou que o PT impediu a discussão sobre um ajuste da economia em 2014 devido às eleições para que a presidente Dilma Rousseff pudesse ser reeleita.
Aécio disse ainda que a "perda do grau de investimento e a perspectiva de revisão negativa nos próximos 12 meses mostram que o governo Dilma acabou".
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso atribuiu o rebaixamento à perda de confiança no governo.
"[A perda do selo] É um sintoma desse processo. É um mau sinal, de que o que foi conquistado se perdeu", disse o tucano, durante lançamento de seu novo livro, "A Miséria da Política", no Rio.
Para o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), a razão para o rebaixamento foi "a irresponsabilidade fiscal e o desastre econômico com o propósito de ganhar a eleição a todo custo".
O segundo mandato da presidente Dilma, afirma, vive uma situação de "paralisia" e não há perspectivas de melhoria. "O caminho agora é só para pior."
O líder do Solidariedade, Arthur Maia (BA), afirmou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está isolado e defende uma tese minoritária dentro do governo, de austeridade.
"Há o boicote que ele vem sofrendo de alguns setores dentro da administração, principalmente do [ministro] Nelson Barbosa [Planejamento], que quer manter a política do PT de excesso de gasto", afirmou.
'País não vai quebrar'
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que as dificuldades econômicas "são evidentes", mas que o país possui reservas financeiras suficientes para enfrentar a crise econômica. "Um país que tem um colchão de reserva como o nosso não é um país que vai quebrar", disse.
Guimarães ressaltou que o ajuste fiscal não foi concluído e que, depois disso, a economia deve se recuperar. "Para a oposição, qualquer notícia ruim ela fica fazendo o discurso de que tudo vai de mal a pior", afirmou.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que, apesar de o Congresso ter ajudado na aprovação de medidas do ajuste fiscal, apenas a retomada do crescimento econômico poderá melhorar o cenário.
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