Letícia Casado | Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), defendeu nesta terça (29) o trabalho dos juízes brasileiros e afirmou que muitas vezes eles não são compreendidos.
"Todas as vezes que julgamos, uma parte fica insatisfeita com o juiz e isso se transfere cada vez mais, sem compreensão exata da técnica, para a própria pessoa, o que faz com que nossa função não seja fácil. É apenas necessária", afirmou em discurso durante sessão do CNJ.
Conforme a Folha informou na semana passada, uma pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostra que caiu o índice de confiança da população com o Poder Judiciário. Passou de 29% em 2016 para 24% em 2017. A confiança no sistema de Justiça brasileiro tem se mantido em torno de 30% ao longo da última década, de acordo com a FGV.
Em seu discurso, Cármen Lúcia agradeceu aos magistrados do país "por tudo que trabalham, desempenham e sofrem".
Ela se disse "honrada" por saber que o cidadão brasileiro pode contar com juízes de boa qualidade
"Sem poder judiciário forte, livre, e imparcial no sentido de não ter partes, não adotar atitudes parciais, não teremos democracia, que é o que Brasil tem na Constituição e espera de uma forma especial dos juízes para garantia de direitos e liberdade do cidadão", completou.
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