DEU EM O GLOBO
Historiador diz que PSDB está diante de falso problema sobre vice
Flávio Freire
SÃO PAULO. Se bem trabalhadas sua campanha ao Senado e as articulações políticas em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, o ex-governador Aécio Neves, ao declinar do convite para ser vice, não deverá comprometer a campanha de José Serra à Presidência. Na avaliação do historiador Marco Antônio Villa, criou-se nas últimas semanas, no PSDB, um falso problema de que a candidatura, sem Aécio, levaria o partido a uma crise.
- O Aécio não é essencial no que diz respeito à escolha do vice. Ele é essencial como participante efetivo da campanha eleitoral , já que Minas é um colégio eleitoral importante - diz Villa, para quem Aécio, para colaborar com o partido nacionalmente, deve ter participação em programas partidários e eventos importantes ao lado de Serra.
Caso contrário, pode parecer à opinião pública que o ex-governador mineiro estaria respondendo com o fígado por não ter sido escolhido candidato.
- Nem a candidatura do Serra está afundando nem o Aécio seria o Messias - analisou.
Ao colocar mais uma pá de cal sobre a especulação de que seria vice na eventual chapa puro-sangue, Aécio redirecionou para a base de aliados o foco sobre quem deve ocupar o posto. Na avaliação do deputado federal Arnaldo Madeira (PSDB-SP), a relação com os partidos que devem apoiar a candidatura deve ser respeitada.
- A relação com aliados deve ser respeitada. Quem ganha (a eleição) é o candidato a presidente. O papel do vice está na composição de força, na articulação política. O vice é escolhido nessa perspectiva - disse ele, sem arriscar nomes.
Na mesma linha, o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro, disse que o partido tem ainda que esperar a movimentação dos palanques regionais e, só depois, escolher o vice. Caso contrário, avalia ele, a direção de campanha poderia entrar em área de conflito justamente com os partidos aliados.
- Ainda está tendo uma movimentação muito intensa nos palanques regionais. Ele (Serra) tem que esperar para ver qual a margem de manobra para depois anunciar sua decisão - disse.
Serra tem dito, em entrevistas recentes, que a escolha do vice pode ficar mais para a frente. Ele tem conversado com dirigentes do partido sobre o assunto e avaliado todas as possibilidades.
- Se ele quiser alguém do Nordeste, tem Tasso Jereissati, Sérgio Guerra e Agripino Maia. Se quiser uma mulher, tem a Kátia Abreu. Se insistir com Minas, tem Itamar Franco. Agora, se o espaço for dado a aliados, o nome forte é o do Francisco Dornelles (senador pelo PP do Rio) - disse um tucano, reforçando a tese de que o PSDB deve contemplar os aliados quando decidir pelo vice.
Defensores do tucano dizem que a decisão é de Serra e pode ser anunciada até depois da convenção que formalizará a campanha, 12 de junho, em Salvador. Madeira e Castro procuraram minimizar a desistência de Aécio.
- Temos que respeitar a decisão do Aécio, que tem responsabilidade grande com o estado dele. Ele quer fazer o sucessor, eleger uma bancada grande no Congresso e chegar ao Senado. Só resta confiar no poder de avaliação dele - disse Madeira.
Historiador diz que PSDB está diante de falso problema sobre vice
Flávio Freire
SÃO PAULO. Se bem trabalhadas sua campanha ao Senado e as articulações políticas em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, o ex-governador Aécio Neves, ao declinar do convite para ser vice, não deverá comprometer a campanha de José Serra à Presidência. Na avaliação do historiador Marco Antônio Villa, criou-se nas últimas semanas, no PSDB, um falso problema de que a candidatura, sem Aécio, levaria o partido a uma crise.
- O Aécio não é essencial no que diz respeito à escolha do vice. Ele é essencial como participante efetivo da campanha eleitoral , já que Minas é um colégio eleitoral importante - diz Villa, para quem Aécio, para colaborar com o partido nacionalmente, deve ter participação em programas partidários e eventos importantes ao lado de Serra.
Caso contrário, pode parecer à opinião pública que o ex-governador mineiro estaria respondendo com o fígado por não ter sido escolhido candidato.
- Nem a candidatura do Serra está afundando nem o Aécio seria o Messias - analisou.
Ao colocar mais uma pá de cal sobre a especulação de que seria vice na eventual chapa puro-sangue, Aécio redirecionou para a base de aliados o foco sobre quem deve ocupar o posto. Na avaliação do deputado federal Arnaldo Madeira (PSDB-SP), a relação com os partidos que devem apoiar a candidatura deve ser respeitada.
- A relação com aliados deve ser respeitada. Quem ganha (a eleição) é o candidato a presidente. O papel do vice está na composição de força, na articulação política. O vice é escolhido nessa perspectiva - disse ele, sem arriscar nomes.
Na mesma linha, o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro, disse que o partido tem ainda que esperar a movimentação dos palanques regionais e, só depois, escolher o vice. Caso contrário, avalia ele, a direção de campanha poderia entrar em área de conflito justamente com os partidos aliados.
- Ainda está tendo uma movimentação muito intensa nos palanques regionais. Ele (Serra) tem que esperar para ver qual a margem de manobra para depois anunciar sua decisão - disse.
Serra tem dito, em entrevistas recentes, que a escolha do vice pode ficar mais para a frente. Ele tem conversado com dirigentes do partido sobre o assunto e avaliado todas as possibilidades.
- Se ele quiser alguém do Nordeste, tem Tasso Jereissati, Sérgio Guerra e Agripino Maia. Se quiser uma mulher, tem a Kátia Abreu. Se insistir com Minas, tem Itamar Franco. Agora, se o espaço for dado a aliados, o nome forte é o do Francisco Dornelles (senador pelo PP do Rio) - disse um tucano, reforçando a tese de que o PSDB deve contemplar os aliados quando decidir pelo vice.
Defensores do tucano dizem que a decisão é de Serra e pode ser anunciada até depois da convenção que formalizará a campanha, 12 de junho, em Salvador. Madeira e Castro procuraram minimizar a desistência de Aécio.
- Temos que respeitar a decisão do Aécio, que tem responsabilidade grande com o estado dele. Ele quer fazer o sucessor, eleger uma bancada grande no Congresso e chegar ao Senado. Só resta confiar no poder de avaliação dele - disse Madeira.
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