DEU NO JORNAL DO BRASIL
Espremido entre a campanha por ele antecipada em desobediência aos prazos da lei, com a penca de multas do Superior Tribunal Eleitoral e a ansiedade do peladeiro, corintiano fanático em São Paulo e mais discreto vascaíno no Rio, o presidente Lula desta vez acertou na moita ao optar entre o voto e a Copa do Mundo pelo seu dever ético de visitar as áreas atingidas pelas chuvas que causaram mais de 50 mortes em Pernambuco e Alagoas e anunciou a liberação imediata de R$ 550 milhões para os dois estados.
Além das visitas a Palmares (PE) e Rio Largo (AL), cidades devastadas pelas enchentes, com mais de 150 mil desabrigados, Lula estimulou os governadores e autoridades estaduais a não medirem esforços e gastos para atender às vítimas da tragédia.
E num apelo que veio a calhar e soa com a sinceridade de uma autocrítica, advertiu aos governadores e prefeitos que não permitam o uso político do dinheiro já depositado para os dois estados.
Pela primeira vez, por uma desafinação imprevista, Lula e a candidata Dilma Rousseff bateram de frente na contradição. Enquanto o presidente caminhou pelas ruas enlameadas de Palmares, sujando os sapatos e as meias, a ministra-candidata cumpria o ameno programa de uma visita a Aracaju e baixou o nível do debate para acusar como responsáveis pela calamidade “os governos dos últimos 20 anos, pois não havia governo para 100% da população, mas apenas para um terço, e é esta camada mais pobre que sofre as consequências”.
A ministra esqueceu de conferir as datas, para descontar dos últimos 20 anos os sete anos e meio dos dois mandatos do presidente Lula. E que não deve utilizar o pretexto para cancelar a visita às outras áreas devastadas pela chuvarada que ainda maltrata populações que não têm mais o que perder, além da vida.
Desconfio, com as boas razões do seu entusiasmo pelo futebol, que o presidente acompanha a Seleção de Dunga desde a confirmação da sua escolha para técnico. E que muito na moita cultiva o sonho de uma viagem à África do Sul para assistir a uma final com a participação do Brasil na decisão do sonhado Hexacampeonato.
E não desanimar com a medíocre exibição da Seleção capenga e com ausências que a desfiguraram.
Sem Kaká, suspenso por um jogo e sem Ronaldinho Gaúcho, que não foi convocado, a Seleção de Dunga ficou perdida em campo. Mas disputará o título completa, com Kaká nas quatro partidas das oitavas de final, das quartas de final, nas semifinais e a final em 10 de julho, no estádio de Port Elizabeth.
PS Fica para a próxima o comentário sobre a Jabulani e as pesquisas científicas sobre a sua aerodinâmica pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo e também pela Nasa, publicadas ontem pelo JB
Espremido entre a campanha por ele antecipada em desobediência aos prazos da lei, com a penca de multas do Superior Tribunal Eleitoral e a ansiedade do peladeiro, corintiano fanático em São Paulo e mais discreto vascaíno no Rio, o presidente Lula desta vez acertou na moita ao optar entre o voto e a Copa do Mundo pelo seu dever ético de visitar as áreas atingidas pelas chuvas que causaram mais de 50 mortes em Pernambuco e Alagoas e anunciou a liberação imediata de R$ 550 milhões para os dois estados.
Além das visitas a Palmares (PE) e Rio Largo (AL), cidades devastadas pelas enchentes, com mais de 150 mil desabrigados, Lula estimulou os governadores e autoridades estaduais a não medirem esforços e gastos para atender às vítimas da tragédia.
E num apelo que veio a calhar e soa com a sinceridade de uma autocrítica, advertiu aos governadores e prefeitos que não permitam o uso político do dinheiro já depositado para os dois estados.
Pela primeira vez, por uma desafinação imprevista, Lula e a candidata Dilma Rousseff bateram de frente na contradição. Enquanto o presidente caminhou pelas ruas enlameadas de Palmares, sujando os sapatos e as meias, a ministra-candidata cumpria o ameno programa de uma visita a Aracaju e baixou o nível do debate para acusar como responsáveis pela calamidade “os governos dos últimos 20 anos, pois não havia governo para 100% da população, mas apenas para um terço, e é esta camada mais pobre que sofre as consequências”.
A ministra esqueceu de conferir as datas, para descontar dos últimos 20 anos os sete anos e meio dos dois mandatos do presidente Lula. E que não deve utilizar o pretexto para cancelar a visita às outras áreas devastadas pela chuvarada que ainda maltrata populações que não têm mais o que perder, além da vida.
Desconfio, com as boas razões do seu entusiasmo pelo futebol, que o presidente acompanha a Seleção de Dunga desde a confirmação da sua escolha para técnico. E que muito na moita cultiva o sonho de uma viagem à África do Sul para assistir a uma final com a participação do Brasil na decisão do sonhado Hexacampeonato.
E não desanimar com a medíocre exibição da Seleção capenga e com ausências que a desfiguraram.
Sem Kaká, suspenso por um jogo e sem Ronaldinho Gaúcho, que não foi convocado, a Seleção de Dunga ficou perdida em campo. Mas disputará o título completa, com Kaká nas quatro partidas das oitavas de final, das quartas de final, nas semifinais e a final em 10 de julho, no estádio de Port Elizabeth.
PS Fica para a próxima o comentário sobre a Jabulani e as pesquisas científicas sobre a sua aerodinâmica pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo e também pela Nasa, publicadas ontem pelo JB
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