DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Depois de ter assinado a CPI da Corrupção no governo FHC, Álvaro Dias saiu do PSDB e apoiou Lula na eleição de 2002
Christiane Samarco e Ana Paula Scinocca
BRASÍLIA - O nome que a cúpula do PSDB e o candidato a presidente José Serra querem ver na chapa tucana já foi expulso do partido e votou contra Serra em 2002. Acusado de traição pelo tucanato por ter assinado a CPI da Corrupção no governo Fernando Henrique Cardoso, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi posto porta a fora do PSDB e ficou com o candidato vencedor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas tudo isso é passado, repetem, em coro, os tucanos que hoje defendem a escolha de Dias como salvação do partido no Paraná, imprescindível para consolidar o avanço de Serra na região.
Quanto às críticas do DEM, os tucanos rebatem dizendo que, em 2002, o então PFL também ficou contra Serra. Apoiou Ciro Gomes no primeiro turno e, depois, fatia expressiva do partido também acabou aderindo a Lula.
A operação política da escolha de Álvaro Dias foi feita para atrair outro tucano expulso da legenda no passado: seu irmão e senador, Osmar Dias, também assinou pedido de CPI e deixou o PSDB. Como Álvaro, foi para o PDT. A diferença é que o vice voltou ao ninho e Osmar não.
O irmão caçula venceu a eleição para o Senado, pelo PDT. Álvaro preferiu concorrer ao governo do Paraná e foi derrotado por Roberto Requião, do PMDB. Sem mandato, tentou obter do aliado e presidente Lula a indicação para ser embaixador do Brasil na Espanha. Não conseguiu e, assim, acabou retornando à oposição e ao PSDB em 2003.
De volta ao Senado pelo PSDB em 2006, Dias foi líder da minoria de oposição e retomou um posto na direção partidária, como um dos vice-presidentes da legenda. Seu nome entrou na lista dos mais cotados para vice há cerca de dois meses. O senador paranaense foi lembrado pelo próprio presidente do PSDB, que tinha uma "dívida" com ele.
Em fevereiro, Guerra tinha dado sua palavra a Dias de que ele seria o novo líder do PSDB no Senado.
Diante da resistência do líder Arthur Virgílio (AM) em liberar a cadeira, que ocupa há 14 anos, ao colega de partido, Guerra adiou a promessa para maio. Nem assim conseguiu liberar o posto para ele. "Vamos resolver isso. Tenha calma. No final tudo vai se resolver", contemporizou Guerra. Virgílio continua líder, mas Álvaro Dias ganhou a vice de Serra e não tem nada a perder. Na pior hipótese, continuará senador por mais quatro anos.
Depois de ter assinado a CPI da Corrupção no governo FHC, Álvaro Dias saiu do PSDB e apoiou Lula na eleição de 2002
Christiane Samarco e Ana Paula Scinocca
BRASÍLIA - O nome que a cúpula do PSDB e o candidato a presidente José Serra querem ver na chapa tucana já foi expulso do partido e votou contra Serra em 2002. Acusado de traição pelo tucanato por ter assinado a CPI da Corrupção no governo Fernando Henrique Cardoso, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi posto porta a fora do PSDB e ficou com o candidato vencedor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas tudo isso é passado, repetem, em coro, os tucanos que hoje defendem a escolha de Dias como salvação do partido no Paraná, imprescindível para consolidar o avanço de Serra na região.
Quanto às críticas do DEM, os tucanos rebatem dizendo que, em 2002, o então PFL também ficou contra Serra. Apoiou Ciro Gomes no primeiro turno e, depois, fatia expressiva do partido também acabou aderindo a Lula.
A operação política da escolha de Álvaro Dias foi feita para atrair outro tucano expulso da legenda no passado: seu irmão e senador, Osmar Dias, também assinou pedido de CPI e deixou o PSDB. Como Álvaro, foi para o PDT. A diferença é que o vice voltou ao ninho e Osmar não.
O irmão caçula venceu a eleição para o Senado, pelo PDT. Álvaro preferiu concorrer ao governo do Paraná e foi derrotado por Roberto Requião, do PMDB. Sem mandato, tentou obter do aliado e presidente Lula a indicação para ser embaixador do Brasil na Espanha. Não conseguiu e, assim, acabou retornando à oposição e ao PSDB em 2003.
De volta ao Senado pelo PSDB em 2006, Dias foi líder da minoria de oposição e retomou um posto na direção partidária, como um dos vice-presidentes da legenda. Seu nome entrou na lista dos mais cotados para vice há cerca de dois meses. O senador paranaense foi lembrado pelo próprio presidente do PSDB, que tinha uma "dívida" com ele.
Em fevereiro, Guerra tinha dado sua palavra a Dias de que ele seria o novo líder do PSDB no Senado.
Diante da resistência do líder Arthur Virgílio (AM) em liberar a cadeira, que ocupa há 14 anos, ao colega de partido, Guerra adiou a promessa para maio. Nem assim conseguiu liberar o posto para ele. "Vamos resolver isso. Tenha calma. No final tudo vai se resolver", contemporizou Guerra. Virgílio continua líder, mas Álvaro Dias ganhou a vice de Serra e não tem nada a perder. Na pior hipótese, continuará senador por mais quatro anos.
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