DEU EM O GLOBO
Roberto Freire, ex-aliado, considera o fato como "insensato"
Adriana Vasconcelos
BRASÍLIA. A oposição comemorava ontem a indicação do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) para ser um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff.
Para o presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP), que defendeu a candidatura presidencial de Ciro em 2002, o deputado, conhecido pelo seu destempero verbal, poderá atrapalhar mais do que ajudar.
Coisa meio insensata. Ciro vai coordenar um ajuntamento de assaltantes? Pois é assim que ele se referiu ao PMDB. Como fica o PMDB nisso? O Ciro tem dificuldades para coordenar a própria campanha, imagine a dos outros. Posso falar por experiência própria, quando fizemos a campanha de 2002 lembrou Freire, no encontro dos aliados de José Serra, em Brasília.
O ex-senador Jorge Bornhausen (DEM-SC) foi outro que ironizou a escolha de Ciro: Ciro vai espanar o PMDB.
Gostei muito da indicação.
Sem esconder a mágoa do antigo aliado cearense, que na campanha deste ano ajudou o governo Lula a lhe impor a derrota no Ceará, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) evitou comentários.
Mas Ciro foi o assunto dos bastidores no encontro da oposição, com governadores, senadores e deputados eleitos.
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