DEU EM O GLOBO
Partido foi xingado pelo deputado que virou coordenador da campanha de Dilma; peemedebistas cobram mais participação
Maria Lima
BRASÍLIA. O PMDB do vice na chapa governista, Michel Temer, não quer esperar a eventual vitória de Dilma Rousseff para saber qual o tamanho de sua fatia na divisão do poder. A petista já começou a administrar o clima de insatisfação geral no PMDB.
Ela mesma conversou ontem com o ex-ministro e candidato derrotado ao governo da Bahia, Geddel Vieira Lima, que ameaçava dissidência e marcou evento em Salvador, na sexta-feira, para lançar a campanha do segundo turno em favor da petista.
Outro fator que motivou a cobrança do PMDB foi a indicação do deputado Ciro Gomes (PSBCE) para ser um dos quatro coordenadores da campanha de Dilma Rousseff. Causou mal-estar dentro do PMDB e foi motivo até de chacota nas reuniões reservadas do PMDB ontem.
Integrantes da cúpula do partido avaliaram que Ciro tem um discurso muito radical, especialmente contra o PMDB ele já chamou Temer de chefe de um ajuntamento de assaltantes , e que pode não atrair mais apoios, e sim afastar pessoas.
Lembraram que o PMDB foi alvo de pesados ataques do deputado.
Em várias ocasiões, Ciro chamou o PMDB de quadrilha e disse que a prática do partido é a da frouxidão moral.
Os peemedebistas viram no gesto uma escolha pessoal de Lula, para agradar ao governador reeleito do Ceará, Cid Gomes, e ainda ao governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB.
O ex-governador Moreira Franco procurou contemporizar a reação a Ciro no PMDB: Ele foi indicado coordenador.
O PMDB, na sua maioria, apoia a indicação. Não há restrições significativas.
Mesmo assim, o PMDB prometeu engajamento, mas quer contrapartidas. Em reunião num hotel de Brasília, Michel Temer liderou ontem um ato de demonstração de força com cerca de cem lideranças expressivas. E o recado foi claro: o PT terá que abrir espaço para que o vice e o partido tenham visibilidade, inclusive na TV. E a cúpula do PMDB quer deixar amarrado um entendimento sobre a disputa pelas presidências da Câmara e do Senado em fevereiro.
Em discurso, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), foi o porta-voz da insatisfação.
Batendo no peito e em tom exaltado, disse que chegou a hora da verdade.
Não aceitamos essa história de eleição para um partido só ganhar. O PT é um grande partido, mas ou ganhamos juntos ou não ganha ninguém conclamou o líder peemedebista.
Eu me mantive discreto no momento em que não se exigia muito a minha presença, não sei se por erro da coordenação.
Mas eu disse para Dilma que queremos uma participação mais efetiva discursou Temer.
Partido foi xingado pelo deputado que virou coordenador da campanha de Dilma; peemedebistas cobram mais participação
Maria Lima
BRASÍLIA. O PMDB do vice na chapa governista, Michel Temer, não quer esperar a eventual vitória de Dilma Rousseff para saber qual o tamanho de sua fatia na divisão do poder. A petista já começou a administrar o clima de insatisfação geral no PMDB.
Ela mesma conversou ontem com o ex-ministro e candidato derrotado ao governo da Bahia, Geddel Vieira Lima, que ameaçava dissidência e marcou evento em Salvador, na sexta-feira, para lançar a campanha do segundo turno em favor da petista.
Outro fator que motivou a cobrança do PMDB foi a indicação do deputado Ciro Gomes (PSBCE) para ser um dos quatro coordenadores da campanha de Dilma Rousseff. Causou mal-estar dentro do PMDB e foi motivo até de chacota nas reuniões reservadas do PMDB ontem.
Integrantes da cúpula do partido avaliaram que Ciro tem um discurso muito radical, especialmente contra o PMDB ele já chamou Temer de chefe de um ajuntamento de assaltantes , e que pode não atrair mais apoios, e sim afastar pessoas.
Lembraram que o PMDB foi alvo de pesados ataques do deputado.
Em várias ocasiões, Ciro chamou o PMDB de quadrilha e disse que a prática do partido é a da frouxidão moral.
Os peemedebistas viram no gesto uma escolha pessoal de Lula, para agradar ao governador reeleito do Ceará, Cid Gomes, e ainda ao governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB.
O ex-governador Moreira Franco procurou contemporizar a reação a Ciro no PMDB: Ele foi indicado coordenador.
O PMDB, na sua maioria, apoia a indicação. Não há restrições significativas.
Mesmo assim, o PMDB prometeu engajamento, mas quer contrapartidas. Em reunião num hotel de Brasília, Michel Temer liderou ontem um ato de demonstração de força com cerca de cem lideranças expressivas. E o recado foi claro: o PT terá que abrir espaço para que o vice e o partido tenham visibilidade, inclusive na TV. E a cúpula do PMDB quer deixar amarrado um entendimento sobre a disputa pelas presidências da Câmara e do Senado em fevereiro.
Em discurso, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), foi o porta-voz da insatisfação.
Batendo no peito e em tom exaltado, disse que chegou a hora da verdade.
Não aceitamos essa história de eleição para um partido só ganhar. O PT é um grande partido, mas ou ganhamos juntos ou não ganha ninguém conclamou o líder peemedebista.
Eu me mantive discreto no momento em que não se exigia muito a minha presença, não sei se por erro da coordenação.
Mas eu disse para Dilma que queremos uma participação mais efetiva discursou Temer.
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