“Discutir o país é o ponto de partida e o ponto de chegada de qualquer política que busca elevar a qualidade da nossa recente democracia. Foi isso que Lula quis evitar criando a imagem de país pronto e acabado, à sua imagem e semelhança, inebriado pelo consumo e pelo marketing governamental. A cidadania lhe deu uma lição preciosa: disse que quer um segundo turno para discutir concretamente aquilo que se refere diretamente às obrigações do governo federal no que tange à questões importantes, especialmente aquelas que envolvem a infra-estrutura do país, a saúde, a segurança e a educação, elementos essenciais para a conquista, avanço e manutenção do desenvolvimento e do bem-estar dos brasileiros. A cidadania quer abrir espaço para o debate que não houve, sem a prerrogativa de que sua candidata seja a melhor simplesmente porque é “amiga do presidente” e tem “orgulho disso” ou porque ela, segundo Lula, está “destinada” a ser a “mãe dos brasileiros”. Lula precisa entender que é o Estado patrimonialista – aquele que as elites costumam entender como coisa sua – que a democracia brasileira está deixando para trás. “
(Alberto Aggio, no artigo ‘A política venceu a arrogância’, publicado dia 5/10/2010)
(Alberto Aggio, no artigo ‘A política venceu a arrogância’, publicado dia 5/10/2010)
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