Por Thiago Resende, Raphael Di Cunto e Fábio Pupo – Valor Econômico
BRASÍLIA - - Rodrigo Maia (DEM-DF) foi eleito à 0h13 dessa quinta-feira o novo presidente da Câmara dos Deputados. Ele venceu Rogério Rosso (PSD-DF) por 285 votos a 170. Cinco parlamentares votaram em branco.
Em pouco mais de uma hora de intervalo entre o primeiro e o segundo turno, os dois fizeram uma maratona nas lideranças partidárias da Casa. Houve até instantes em que se esbarraram – estiveram juntos com a bancada do PP, que, ao final, declarou apoio a Rosso.
Mas Maia conseguiu muitos votos que eram de Giacobo (PR), candidato que não seguiu na disputa. Assim, rachou o “centrão”, bloco que ajudou a eleger Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e formado por PSD, PR, PTB, PRB e PP.
Terceiro mais votado, Marcelo Castro (PMDB-RJ) anunciou apoio a Rosso. Parte dos votos do pemedebista, porém, foi para Maia, principalmente os da atual oposição (PT, PDT e PCdoB), que viam o líder do PSD como o candidato de Cunha.
A candidatura de Maia se fortaleceu entre terça e quarta-feira. Pré-candidato do PSB ao cargo, Júlio Delgado (MG) desistiu da disputa e a maioria da bancada se uniu ao democrata.
Assim, foi possível consolidar o apoio do antigo bloco de oposição: PSDB, DEM, PPS e PSB. O Palácio do Planalto atuou para viabilizar a candidatura de Maia diante do crescimento da campanha de Castro, que, apesar de ser do PMDB, votou contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e era visto como o de oposição ao governo.
Maia ocupará um “mandato-tampão”, apenas até fevereiro de 2017. Ele assume no lugar de Cunha, que renunciou ao cargo na semana passada ao ceder a pressões de aliados já que estava afastado das atividades de deputado – e, consequentemente, da presidência da Casa – desde maio.
Em fevereiro, então, será escolhido o novo presidente da Câmara, para ocupar o cargo por dois anos. Maia não poderá tentar reeleição.
Maia recebeu de Waldir Maranhão (PP-MA) a cadeira de presidente da Câmar. Maranhão estava ocupando o posto interinamente, após o afastamento de Cunha.
Maia tinha o apoio do presidente interino Michel Temer, que o cumprimentou pela vitória por meio da rede social Twitter na madrugada desta quinta-feira.
Maia agora passa a ser o substituto oficial de Temer em caso de vacância na Presidência da República.
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