• Assim que foi anunciada a vitória, por volta da 0h30, depois de várias tentativas, conseguiu falar com o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para cumprimentá-lo
Tânia Monteiro e Vera Rosa - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA – O presidente em exercício Michel Temer acompanhou a votação do novo presidente da Câmara no Palácio do Planalto na noite desta quarta-feira. Assim que foi anunciada a vitória, por volta da 0h30 da quinta-feira, depois de várias tentativas, conseguiu falar com o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para cumprimentá-lo. Os dois combinaram de se encontrar no final da manhã desta quinta-feira, por volta da hora do almoço. Temer também fez questão de telefonar para o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), a quem deu parabéns pelo desempenho e elogiou a elegância na disputa.
Temer acompanhou o segundo turno ao lado do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o advogado José Yunes, presidente do PMDB paulistano, o assessor Rodrigo Rocha Loures e outros assessores. A avaliação do governo, pelo número de votos obtidos por Maia (285), é que o PMDB votou com Maia. O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, disse que o resultado foi bom para o governo quando os dois (Rosso e Maia) foram para o segundo turno. “Maia é aliado e saberá preservar a independência da Câmara e construir a harmonia com o Executivo”, afirmou o ministro ao Estado, acrescentando que o diálogo com ele será muito produtivo.
O governo comemorou o fato de o segundo turno ter sido disputado por dois deputados da base aliada, afinados com o Planalto. Temer estava despachando com o ministro da Indústria, Comércio e Turismo, Marcos Pereira, quando foi avisado de que o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), considerado oposição ao Planalto, por ter ficado até o último minuto com a presidente afastada Dilma Rousseff e ter votado contra o impeachment. Na avaliação de interlocutores do presidente, Castro “se perdeu” no seu discurso ao se apresentar como uma espécie de salvador da pátria e ter feito promessas paroquiais que não teria condições de cumprir. Depois, ouviu discurso de Rogério Rosso (PSD-DF), considerado conciliador, a exemplo da fala de Rodrigo Maia (DEM-RJ).
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