- O Globo
-BRASÍLIA- A avaliação do Palácio do Planalto é que o impeachment de Dilma Rousseff não tem volta. Assessores do governo atuam para eliminar margens de riscos. A votação de amanhã é dada como favas contadas pelos assessores do presidente interino Michel Temer. Dois operadores do governo — o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) — fazem suas contas e estão otimistas. Acreditam que ao menos 60 senadores votarão com o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que pede o impeachment de Dilma. Segundo eles, serão dados os mesmos 55 votos favoráveis da primeira votação em plenário, acrescidos de mais cinco a oito.
Eles contabilizam inclusive o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se aproximou mais ainda de Temer nas últimas semanas e trabalhou para acelerar a conclusão do processo de votação do impeachment. Renan poderá exercer seu direito de voto porque estará fora da presidência do Senado. Segundo a legislação, a presidência do processo de impeachment na fase final cabe ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski.
— Nossa contabilidade nos dá um piso de 60 e um teto de 63 votos a favor do impeachment — acredita Padilha.
O coordenador político do governo, o ministro Geddel Vieira Lima, acha que alguns senadores que ainda não declararam sua posição só se pronunciarão no dia da votação. Mas nega que esses estejam querendo pressionar o governo por cargos ou outros pleitos:
— A panela de pressão já destampou.
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