DEU NO CORREIO BRAZILIENSE
Diego Abreu
Diego Abreu
O Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas protocolou uma representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado em que pede que senador Alfredo Nascimento (PR-AM) seja declarado inelegível, sob a acusação de que teria comprado votos na disputa eleitoral deste ano — ele concorreu ao cargo de governador do Amazonas, mas foi derrotado por Omar Aziz (PMN). Presidente do Partido da República, o nome de Nascimento foi confirmado, na quarta-feira, pelo gabinete de transição, para voltar à chefia do Ministério dos Transportes. Ele foi indicado dentro da cota do PR, um dos partidos que apoiou a candidatura de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto.
De acordo com a denúncia do MPF, Alfredo Nascimento teria sido beneficiado por um esquema de captação ilícita de votos a partir da oferta de combustível a eleitores feita pelo vereador do município de Humaitá (distante 680km de Manaus) Herivânio Seixas (PSB).
Então membro do comitê de campanha da coligação de Nascimento, o vereador chegou a ser preso depois de ter sido flagrado pela promotora eleitoral Simone Lima, em 21 de agosto, no momento em que distribuía combustível a eleitores. Segundo o MPF, o esquema foi confirmado por testemunhas. Uma delas disse ter recebido dois cheques do vereador, um de R$ 1,7 mil e outro de R$ 1,4 mil, ambos para colocar gasolina nos veículos de apoiadores da campanha.
“Vários carros, táxis e motocicletas estariam sendo abastecidos por orientação do vereador Herivânio para participarem de uma carreata em favor de Alfredo Nascimento, que visitaria a cidade naquele dia”, destaca trecho da representação. Ao MPF, o vereador alegou que estava no posto de combustível comprando água para levar a cabos eleitorais que aguardavam a chegada de Nascimento no aeroporto. Procurado pela reportagem, o senador negou, por meio de sua assessoria, ter praticado qualquer irregularidade.
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