Ministro atribui aumento a emendas parlamentares e diz que relações com Dilma estão boas, "como sempre estiveram"
Renata Leite, Carolina Brígido
RIO e BRASÍLIA. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, voltou a negar ontem que esteja privilegiando seu reduto político, Pernambuco, na distribuição de verbas contra enchentes este ano, alegando que os recursos ao estado foram reforçados por emendas parlamentares no Congresso.
- A Lei Orçamentária Anual, que chegou ao Congresso, tinha recursos de prevenção na ordem de R$68 milhões. Lá no Congresso, pelo trabalho dos deputados e senadores, essa verba cresceu para mais de R$700 milhões. As diversas bancadas estaduais é que tiveram a iniciativa de ampliar os recursos de prevenção - disse o ministro, referindo-se aos números gerais do Programa de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres.
Segundo reportagem publicada ontem pelo GLOBO, Pernambuco tem 11,6% do orçamento do ministério de 2012 para desastres naturais, correspondentes a R$81,4 milhões. Em nota, o ministério afirma que R$70,6 milhões do total vieram de emendas propostas pela bancada do estado no Congresso.
Após se reunir com o governador Sérgio Cabral, no Palácio Laranjeiras, para tratar das chuvas no Rio, Bezerra negou qualquer desconforto político com o Planalto por conta da polêmica sobre a distribuição dos recursos da pasta.
- As relações estão boas como sempre estiveram - disse o ministro, aproveitando para informar que o governo federal instalou ontem grupos de acompanhamento e monitoramento no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
O governo federal liberou ontem R$482,85 milhões para investimentos na reconstrução de cidades atingidas pelas enchentes e na prevenção de novos desastres. O dinheiro havia sido previsto como crédito extraordinário por medida provisória de 21 de dezembro e foi reativado por meio de decreto. A medida foi publicada no Diário Oficial da União. Ainda não foram definidos os municípios beneficiados. Isso vai acontecer aos poucos, conforme a necessidade.
A maior parte dos recursos, R$304 milhões, será aplicada em ações da defesa civil de reconstrução dos estragos causados pelas chuvas. Outros R$139,8 milhões, em obras preventivas de desastres. As duas cifras ficarão sob a tutela do Ministério da Integração.
O Ministério da Defesa terá R$32,92 milhões para investir em ações de reconstrução dos estragos. E R$6 milhões serão usados na implantação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
FONTE: O GLOBO
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