O indicador fechou 2011 em 6,5%; grupo Alimentação e Bebidas foi responsável pelo maior impacto na inflação do ano
Daniela Amori
SÃO PAULO - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu o teto da meta do Banco Central no ano passado, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De janeiro a dezembro, o indicador acumulou uma alta de 6,50%. A inflação oficial foi a maior desde 2004, quando registrou alta de 7,6%.
O IPCA fechou dezembro com alta de 0,50%, ante uma variação de 0,52% em novembro, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,49% a 0,60%, com mediana de 0,55%.
Apesar dos preços de Alimentação e Bebidas terem crescido menos na passagem de 2010 para 2011 (de 10,39% para 7,18%), este foi o grupo que exerceu o maior impacto na inflação do ano, medida pelo IPCA.
Responsável por 23,46% do orçamento das famílias, o grupo Alimentação contribuiu com 1,69 ponto porcentual do índice, o que representa 26% do IPCA de 2011 (6,50%). Houve forte pressão do subgrupo alimentos consumidos fora do domicílio, cujos preços subiram 10,49% em 2011, seguindo a alta de 9,81% de 2010.
Já o item refeição fora do domicílio, que também subiu 10,49%, exerceu o principal impacto individual no IPCA do ano, com contribuição de 0,47 ponto porcentual. Por outro lado, os alimentos de consumo no domicílio ficaram mais caros em 5,43%, bem menos do que os 10,70% registrados em 2010.
Maior aceleração
Em 2011, a maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA apresentou variação maior que a registrada no ano anterior. O grupo que mais acelerou o ritmo de alta nos preços foi o de Transportes, que passou de 2,41% em 2010 para 6,05% em 2011. Embora o grupo Alimentação e Bebidas tenha sido responsável pelo maior impacto na inflação do ano, o ritmo de aumentos desacelerou de 10,39% em 2010 para 7,18% em 2011. O grupo Artigos de Residência também registrou desaceleração, de 3,53% para 0,00%.
As despesas com Habitação aumentaram de 5,00% para 6,75%; as com Vestuário passaram de 7,52% para 8,27%; Saúde e Cuidados Pessoais de 5,07% para 6,32%; Despesas Pessoais, de 7,37% para 8,61%; Educação, de 6,22% para 8,06%; e Comunicação, de 0,88% para 1,52%.
FONTE: AGÊNCIA ESTADO
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