Débora Bergamasco
BRASÍLIA - Enquanto os concorrentes virtuais à Presidência da República batem boca entre si e disputam alianças, a ex-ministra Marina Silva também já começou sua campanha pré-eleitoral mesmo antes da legalização de seu novo partido, a Rede.
Na manhã de ontem, quando foi a um cartório de Brasília registrar a intenção de oficializar sua legenda, Marina criticou a troca de farpas públicas entre petistas e tucanos. "Neste momento (em que eles brigam), eu me sinto feliz por estar discutindo propostas, discutindo ideias". Para ela, "focar apenas nas eleições é o que faz a política ficar estagnada".
O deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ) também criticou a antecipação da campanha dos adversários. Segundo ele, o debate prematuro em ano ímpar prejudica a atuação do governo. "Isso é negativo para o Brasil por conta dos conflitos imediatos e a interferência deles no dia a dia do governo. Daqui a pouco temos uma briga entre o governo federal e o governo de Pernambuco, onde quem vai sofrer é o povo pernambucano."
Sirkis garante que a Rede não está lançando ainda candidato à Presidência e que estão apenas "debatendo ideias". Enquanto isso, artistas capitaneados pelo ator Marcos Palmeira começam a organizar um encontro para receber Marina no Rio.
Além de Marina e Sirkis, compareceram ao 1º Cartório de Registro de Pessoa Jurídica de Brasília os deputados Domingos Dutra (PT-MA) e Walter Feldman (PSDB-SP). Lá, foram registrados o estatuto da Rede, a ata da assembleia de fundação, o nome das pessoas que integram a Executiva Nacional Provisória, o endereço do Diretório Nacional Provisório e o programa ainda não detalhado do partido. Para criar a sigla, ainda é necessário recolher cerca de 500 mil assinaturas em nove Estados.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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