Sob o comando de Sérgio Guerra, PSDB estadual investirá em segmentos históricos de outros partidos, como o PT
Carolina Albuquerque
De olho nas eleições de 2014, a nova Executiva estadual do PSDB, que tem à frente o deputado federal Sérgio Guerra, traça as principais diretrizes e estratégias partidárias hoje, na sua primeira reunião, às 10h, na sede tucana, no Derby. No cardápio oficial, o discurso é o de calibrar o partido, que tem pouca identidade com os movimentos populares e baixa capilaridade social, com o "sentido, o cheiro e os desejos do povo". Também, colocar o bloco na rua para fortalecer as chapas proporcionais a deputado estadual e federal, uma prioridade estadual do partido.
Como parte desse novo direcionamento, segmentos históricos de outros partidos, como o PT, começam a ser criados e reforçados dentro do PSDB, a exemplo do "tucanafro", voltado para o movimento negro, e o PSDB Sindical, ligado às lutas trabalhistas. A maior aproximação com os variados segmentos sociais que pretende imprimir o novo comando tem por objetivo fortalecer a candidatura a presidente do senador Aécio Neves, que, por ser um quadro eminentemente "sulista", tem pouca inserção no Nordeste.
O secretário-geral, deputado estadual Betinho Gomes, concorda que o PSDB está em busca de "refazer o caminho" ao encontro dos movimentos sociais. "O PSDB teve uma história forjada junto à sociedade civil, começou naquele movimento das Diretas Já e depois na Constituição de 1988. Chegamos à Presidência e agora estamos começando a refazer esse caminho, de aproximação da população", defendeu Betinho.
Os tucanos pretendem eleger ao menos três federais e seis a sete estaduais. Para a chapa à Câmara Federal, os nomes fortes são o do próprio Sérgio Guerra, de Bruno Araújo e de Daniel Coelho, que, apesar da derrota, saiu por cima, em segundo lugar, na eleição a prefeito do Recife. O vice-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho, e Ricardo Teobaldo, prefeito reeleito de Limoeiro, também colocaram os seus nomes à vaga federal. À Assembleia Legislativa, a novidade é o nome da vereadora Aline Mariano.
Mesmo negando que haja uma orientação nacional para pensar em um palanque para Aécio em 2014, Betinho admite que esta questão vai ser colocada à sua hora. A torcida, porém, é que o governador Eduardo Campos (PSB) decida-se pela candidatura presidencial, o que pulveriza os votos e as alianças nos planos nacional e estadual.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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