Agência Folhapress
BRASÍLIA - O governador Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva selaram acordo para lançar um candidato ao governo de São Paulo, o que praticamente enterra a possibilidade de o PSB apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A decisão, tomada em reunião entre os dois em Brasília, anteontem, é a segunda alteração provocada por Marina nos planos do PSB.
Desde que aderiu ao projeto presidencial de Eduardo, em outubro, a ex-senadora vinha exigindo candidatos próprios nos Estados como forma de reforçar o discurso da nova política. Em Goiás, Marina conseguiu barrar aliança com Ronaldo Caiado (DEM), representante dos ruralistas e histórico adversário da ex-ministra.
Mas o pleito de Marina vinha se chocando em vários Estados com a articulação do PSB, que negocia apoio a outros candidatos. Era o caso de São Paulo, onde o partido integra o governo de Alckmin. Embora haja poucas chances de mudança, tucanos ainda tentarão convencer o PSB a não romper a aliança.
Da reunião entre Eduardo e Marina, participaram também o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, o vice-presidente do partido, Roberto Amaral, e os deputados federais Beto Albuquerque (PSB-RS) e Márcio França (PSB-SP). Esse último era o principal defensor do apoio a Alckmin.
Agora, França se apresenta como o candidato. É uma tentativa de barrar nomes defendidos por Marina, entre eles o do deputado Walter Feldman.
A mudança de planos do PSB em São Paulo é o mais significativo sinal da prioridade que Eduardo dá às posições de Marina. Melhor colocada nas pesquisas de intenção de voto à Presidência do que Eduardo, a ex-senadora indica ter a intenção de ser a vice na chapa.
Jornal do Commercio (PE)
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