Juliano Basile
BRASÍLIA - Após mais de quatro horas de sessão, o Supremo Tribunal Federal (STF) não conseguiu concluir se o PSD vai ter direito a tempo maior de horário eleitoral gratuito nas eleições deste ano.
A decisão é considerada urgente e o STF marcou uma sessão extra, hoje, para defini-la. Mas, o relator do processo, ministro José Antonio Dias Toffoli, demorou mais de quatro horas para votar. Após esse tempo, ele não conseguiu concluir o seu voto e o presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto, suspendeu a sessão, às 18h30, pois os ministros tinham outros compromissos.
O julgamento será retomado amanhã, com a continuação do voto de Toffoli.
O STF está julgando uma ação proposta por DEM, PMDB, PSDB, PR, PTB e PP. Esses partidos questionam o fato de uma legenda que não elegeu representantes para a Câmara dos Deputados ter direito a tempo de campanha. Apesar de não ter participado das eleições de 2010, o PSD tem 52 deputados que foram eleitos naquele ano. Cabe ao STF decidir se considera a atual bancada do PSD para contabilizar o tempo de campanha no rádio e na TV. Se o STF o fizer, o PSD terá mais tempo de campanha que, em consequência, vai ser retirado de outras legendas.
Para Admar Gonzaga, advogado do PSD, o partido enfrenta os interesses de outras legendas na campanha. "Eu me sinto como Davi contra Golias", disse Gonzaga. Segundo ele, o PSD tem representatividade suficiente para ter direito a tempo maior de campanha. Além dos 52 deputados federais, o PSD tem 104 deputados estaduais, 509 prefeitos e mais de 5 mil vereadores. "Em apenas 16 dias foram filiadas mais de 50 mil pessoas", enfatizou Gonzaga.
FONTE: VALOR ECONÔMICO
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