Denúncias de corrupção reveladas pelo Estado resultaram na queda do presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Alfredo Streit, e do diretor executivo de Desenvolvimento Social, Éder Marcelo de Melo, ambos ligados ao PT. Streit é investigado em operação que apura desvio de recursos. Os dois entraram com pedido de aposentadoria, o que vai lhes garantir salário de R$ 25 mil, e ingressaram no programa de ajuda a ex-executivos do BB - o bônus pode ser de R$ 1 milhão.
Denúncias derrubam cúpula da Fundação Banco do Brasil
Após "Estado" revelar que Polícia Civil do DF apura desvio de recursos do órgão, presidente e diretor deixam os cargos
Andreza Matais
BRASÍLIA - O presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Alfredo Streit, e o diretor executivo de Desenvolvimento Social, Éder Marcelo de Melo, ambos ligados ao PT, entregaram ontem seus cargos após denúncias de corrupção na instituição.
Streit é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal numa operação que apura desvio de recursos do órgão, conforme revelou o Estado na quinta-feira passada. Os dois entraram com pedidos de aposentadoria, o que vai lhes garantir um salário de R$ 25 mil, e ingressaram no programa de ajuda a ex-executivos do Banco do Brasil - o que significa que poderão receber um bônus de cerca de R$ 1 milhão cada.
Ambos foram indicados para os cargos pelo PT, com apoio do ex-presidente da Fundação Jacques Pena, também investigado, Streit é filiado ao PT e foi candidato pelo partido ao governo de Rondônia.
Procurados ontem, os dois executivos não quiseram falar.
A Delegacia de Combate ao Ciime Organizado (Deco) do Distrito Federal já apreendeu documentos e computadores na sede da fundação, em Brasília. Dois DVDs e um CD foram retirados do gabinete do então presidente. A polícia se surpreendeu como fato de Streit não utilizar o computador da fundação, mas um notebook. A polícia copiou todas as informações de uma central dos computadores na expectativa de acessar troca de informações por e-mail e dados. Também foram feitas escutas telefônicas. O caso é apurado pela Polícia Civil porque a fundação recebe recursos do Banco do Brasil, uma instituição de economia mista.
A Fundação, vinculada ao Ministério da Fazenda, firmou de 2010 ate agora convênios dc R$ 36 milhões com entidades ligadas ao PT e familiares de seus dirigentes. As organizações não governamentais, associações e prefeituras beneficiadas estão sendo investigadas no inquérito. O banco faz auditoria nos contratos e parcerias. A Fundação repassou R$ 223,9 milhões para 937 convênios ou contratos com outras entidades. Em 2013, ela tem 11$ 180,2 milhões para aplicar.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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