Fernanda Francisco e Chico de Gois
MOSSORÓ (RN) e RECIFE- O presidente nacional do PSB e pré-candidato a presidente da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi acusado de "traidor do PT e do Brasil" em uma faixa colocada nas imediações da Câmara Municipal de Mossoró, onde participou de encontro de seu partido, e disse que compreendia "qualquer reação que qualquer partido venha a ter" numa resposta a pergunta sobre orientação do ex-presidente Lula para isolar o PSB nos estados.
— Na verdade, o PSB está vivendo outra dinâmica desde sábado passado. Há um fato novo na política brasileira, um verdadeiro terremoto, com a aliança que construímos com a Rede — destacou Campos.
Segundo o presidente do PSB, o partido não vai focar no debate eleitoral, mas político.
— Acredito que eles (PT) também vão respeitar nosso direito, nós somos um partido político que tem 60 anos de história — afirmou Campos, ao lado da ex-governadora do Rio Grande do Norte Wilma Faria.
De volta a Recife, Campos anunciou a extinção de 969 cargos comissionados que eram ocupados por indicações políticas, com economia anual de R$ 25 milhões; ele não associou a extinção de cargos à saída de antigos aliados. Campos recebeu a visita do senador Armando Monteiro, presidente do PTB no estado e virtual candidato ao governo, com apoio do PT, que foi lhe comunicar a entrega dos cargos.
O rompimento do PTB com o PSB já era esperado após críticas do aliado petista ao governo estadual. Ontem, o PT ensaiou dar início à entrega de cargos, prevista para as próximas semanas, depois que Campos engrossou o discurso quanto ao governo Dilma.
Fonte: O Globo
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