Juliana Cipriani
BELO HORIZONTE — O pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves (MG), está longe de conhecer quem o acompanhará na briga pelos votos dos brasileiros em 2014. No que depender dos tucanos e dos possíveis partidos aliados, caso Aécio seja confirmado na disputa — a sigla deve bater o martelo nos próximos meses —, ele terá total liberdade para escolher o nome. O único conselho é tentar aliar a questão partidária ao potencial geográfico, ou seja, apostar em alguém que possa acrescentar votos em regiões em que Aécio é menos conhecido.
Segundo um dos vice-presidentes do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), a prerrogativa de escolher o vice será unicamente do cabeça da chapa. "Está muito cedo, acho cedo até para indicar o candidato. Os partidos no Brasil estão muito apressados no meu modesto entendimento", afirmou.
Para DEM e PPS, é cedo até mesmo para se falar em fechar coligação com o PSDB. "Não decidimos nem quem vamos apoiar em 2014, como discutir vice de alguém?", afirmou o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP). Apesar de não ter aceitado de imediato uma união com Eduardo Campos (PSB) e a ex-senadora Marina Silva — que se filiou ao PSB no sábado e trocará de sigla assim que obtiver o registro da Rede —, o deputado disse que ainda pode escolher os socialistas. "Temos a opção de candidatura própria e levamos em consideração duas candidaturas oposicionistas, ambas merecedoras de nosso apreço", afirmou, referindo-se a Aécio e a Eduardo.
Os democratas também não reivindicam vaga e, apesar de a aliança com o PSDB ser considerada óbvia por muitos, consideram que está cedo para fechá-la. "O DEM vai definir na hora certa a aliança, mas, se for Aécio o nosso candidato, ele deve ter total liberdade para escolher quem melhor compõe a chapa. Ele tem de caminhar no rumo de escolher alguém dentro da geografia do país que agregue eleitoralmente", afirmou o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN). Para o senador, Aécio deveria pensar em aumentar os votos no Centro-Oeste, no Norte e no Nordeste do país.
"Está muito cedo, acho cedo até para indicar o candidato. Os partidos no Brasil estão muito apressados"
Alvaro Dias, senador e vice-presidente do PSDB
Fonte: Correio Braziliense
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