Fernanda Krakovics e Chico de Gois
BRASÍLIA - O ex-presidente Lula alertou a presidente Dilma Rousseff e o presidente do PT, Rui Falcão, em reunião anteontem, que, com a saída do PSB da base aliada, é preciso reforçar a aliança com o PMDB e assegurar o apoio de partidos médios, como PDT, PR e PP, à reeleição da petista. A ordem é evitar que esses partidos migrem para a órbita do pré-candidato do PSB à presidência da República, governador Eduardo Campos (PE). Dilma deve usar a reforma ministerial que fará em dezembro para agradar aos aliados.
BRASÍLIA - O ex-presidente Lula alertou a presidente Dilma Rousseff e o presidente do PT, Rui Falcão, em reunião anteontem, que, com a saída do PSB da base aliada, é preciso reforçar a aliança com o PMDB e assegurar o apoio de partidos médios, como PDT, PR e PP, à reeleição da petista. A ordem é evitar que esses partidos migrem para a órbita do pré-candidato do PSB à presidência da República, governador Eduardo Campos (PE). Dilma deve usar a reforma ministerial que fará em dezembro para agradar aos aliados.
A estratégia de Lula é impedir que Campos aumente seu tempo de TV e negocie palanques fortes nos estados. Diante da consolidação da pré-candidatura do governador de Pernambuco, Lula disse ainda que não há como Dilma dividir palanque com o ex-aliado nos estados, como era defendido, por exemplo, pelo pré-candidato do PT ao governo do Rio, senador Lindbergh Farias.
Para reforçar essa tática, Dilma não pretende esperar abril para substituir os ministros que disputarão as eleições do ano que vem. O PMDB, aliado preferencial, já colocou na mesa o nome do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para a Integração Nacional. E deve ser atendido.
Um dos partidos que preocupa o comando de reeleição é o PP, que se manteve neutro na eleição de 2010 e negocia com o PSB em alguns estados, como o Rio Grande do Sul. Com o troca-troca partidário dos últimos dias, o PP se tornou a quarta maior bancada da Câmara e agora quer mais um ministério, além de Cidades.
O líder do partido na Câmara, Eduardo da Fonte (PE), disse que, por enquanto, a avaliação é que a legenda deve apoiar a reeleição de Dilma, mas, em relação aos estados, pondera:
— No plano nacional, devemos apoiar Dilma. Mas, nos estados, temos liberdade para optar por alianças mais convenientes.
Apesar de comandar o Ministério do Trabalho, o PDT ainda não definiu apoio à reeleição de Dilma. Anteontem, Lula fez um afago público no ministro Manoel Dias, que acaba de enfrentar um escândalo de corrupção em sua pasta, ao chamá-lo de "companheiro de longa data"
O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), avalia que nos estados a legenda está dividida entre apoios ao PT e ao PSB. No Rio Grande do Sul, em Mato Grosso e no Distrito Federal é praticamente certo que o PDT buscará aliança com o PSB. lá no Paraná e na Bahia, há possibilidade de aliança com o PT.
O primeiro secretário nacional do PSB, Carlos Siqueira, critica a estratégia governista e diz que o PSB vai continuar fazendo as alianças que achar convenientes nos estados:
— Não temos essa história de isolar ninguém. Não temos caráter autoritário de quem trata adversários como inimigos.
PT e PSB pretendiam dividir palanques no Espírito Santo, Sergipe, Amapá e Acre. Com a consolidação da pré-candidatura de Campos, essas alianças serão revistas. No Acre, estado de Marina, o PSB tem o vice-governador e deve apoiar a reeleição do petista Tião Viana.
Fonte: o Globo
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