• Presidenciável diz que desoneração de tributos e juros subsidiados são responsáveis pela crise na educação e na saúde
• Candidato não diz como financiará as promessas de adotar o passe livre e destinar 10% da receita à saúde
Marina Dias - Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, afirmou nesta segunda-feira (21) que "práticas equivocadas" do governo Dilma Rousseff são responsáveis pela falta de dinheiro para a saúde e educação pública no país. O ex-governador de Pernambuco disse que é preciso "inverter prioridades" para financiar projetos nessas áreas.
Em inauguração do comitê central de sua campanha, em São Paulo, Campos prometeu, se eleito, destinar 10% da receita bruta da União para a saúde, o que significa mais R$ 40 bilhões no setor.
"Tem dinheiro para fazer. Falta decisão política e mostrar onde estão os recursos."
Segundo o candidato, a desoneração de diversos setores, o subsídio aos juros e a distribuidoras de energia e o custeio da Petrobras são "práticas que levaram o Brasil ao menor crescimento da história". As medidas, no entanto, resultaram por ora na redução da conta de luz e no estímulo a investimentos no país.
Apesar das críticas ao governo, Campos não detalhou como financiará as promessas que fez na última semana. Além do pacote para a saúde, prometeu o passe livre para estudantes, como mostrou a Folha --e que deve custar R$ 12 bilhões--, irá apresentar em agosto proposta de emenda constitucional para a reforma tributária e disse que vai desburocratizar o sistema de repasse de verbas federais a prefeituras.
"Quando se consegue desonerações de R$ 100 bilhões, setor a setor, ninguém pergunta da onde vem o dinheiro [...] Quando o Brasil decide colocar mais de R$ 50 bilhões no setor elétrico, por erros crassos do governo, ninguém pergunta de onde vem o dinheiro [...] Nas nossas escolhas, vamos encontrar os R$ 38,7 bilhões da saúde e os R$ 12 bilhões do passe livre."
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