Raphael Di Cunto e Marcelo Ribeiro | Valor Econômico
BRASÍLIA - Com dificuldades de unir seu próprio partido, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assistirá nos próximos dias uma das legendas com que contava na sua coligação para disputar a Presidência da República abrir conversas com outro candidato de "centro-direita": o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O PPS é mais um partido da órbita de Alckmin que pode debandar para a pré-candidatura do presidente da Câmara, que já conta com o apoio informal de PP e Solidariedade e busca aliança com o PR. O plano A do PPS é, por enquanto, o apresentador de TV Luciano Huck, que, oficialmente, nega a pré-candidatura, mas mantém constantes conversas com o mundo político.
Se Huck decidir não concorrer, o plano B, segundo o presidente da sigla, Roberto Freire (SP), é Alckmin. O novo líder do partido na Câmara, Alex Manente (SP), contudo, defende abrir uma terceira via e conversar com Maia. "Me parece que a candidatura dele [Maia] é pra valer e temos que estabelecer um canal de diálogo", diz.
A lógica de Manente é simples: se Luciano Huck decidir ser candidato à Presidência e o partido for buscar o apoio do DEM, é preciso estar disposto antes a conversar com outras legendas, o PPS não pode ficar limitado ao tucano. Ele brinca: "O Roberto [Freire] só coloca o Alckmin como plano B porque tem certeza de que o Huck será candidato."
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