Adriana Ferraz Pedro Venceslau / O Estado de S. Paulo.
Presidente nacional do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ontem que não se sente “sabotado” por Fernando Henrique Cardoso pelo fato de o ex-presidente elogiar o apresentador de TV Luciano Huck, apontado como possível candidato à Presidência da República neste ano.
“Vivemos momentos na política de incivilidade. Política é arte, ciência ao encontro do bem comum. Não é guerra, não é mata-mata”, afirmou o governador. Alckmin ainda disse que Huck é “excelente liderança”.
“Ele é jovem, amigo do presidente Fernando Henrique já há alguns anos e inclusive nosso. Já me ajudou, fez campanha comigo na zona leste quando eu fui candidato a prefeito de São Paulo, em 2000. Então, gestos de estímulo são muito positivos. Eu também estimulo as novas gerações, as novas lideranças para que participem da vida pública”, afirmou Alckmin, após ser questionado por jornalistas, no Palácio dos Bandeirantes, se FHC está ou não ao seu lado na disputa ao Planalto.
“Se (Luciano Huck) vai ser candidato cabe a ele definir. O presidente Fernando Henrique é um estadista. Aliás, devo a ele a escolha para ser presidente do PSDB”, disse o governador. Segundo Alckmin, o termo “incivilidade” foi usado por ele para dizer que hoje não se pode elogiar alguém que já se acha que se está lançando candidato.
O presidente Michel Temer teve ontem em São Paulo dois encontros para discutir o cenário político em 2018. O primeiro foi com o prefeito João Doria, que pode ser o candidato do PSDB ao governo paulista e tenta se aproximar do MDB.
Ao sair do encontro, o tucano afirmou ser possível “acomodar” o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, numa eventual coalizão com PSDB, MDB, DEM, PP e PSD, tanto na esfera federal quanto na estadual. A conversa ocorreu no escritório do emedebista, na zona sul da capital.
“Tenho sempre procurado defender que a coalizão PSDB, MDB, DEM, PP e PSD, entre outros bons partidos, pode ajudar o Brasil a encontrar um bom caminho na sucessão presidencial e também em São Paulo”, disse o prefeito tucano.
Para aliados de Doria, Skaf, que é pré-candidato ao governo paulista, deve ser candidato ao Senado em eventual chapa única da base governista. Já a conversa com Skaf ocorreu na sede da Fiesp e teve a participação do economista Delfim Netto.
Colaborou Marcelo Osakabe
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