Porta do Cidadania
Congresso
elegeu neste sábado novo Diretório e nova Executiva nacionais
O
Cidadania elegeu neste sábado (12) o novo Diretório e a nova Executiva
nacionais. Foi o XX Congresso Nacional do partido, sendo o primeiro realizado
como Cidadania (10 foram como Partido Comunista Brasileiro e 9 como Partido
Popular Socialista, antecessores da nova formação política). Numa decisão
unânime, o atual presidente Roberto Freire foi reconduzido. Dizendo-se
contrariado pela possibilidade de reeleição, o senador Alessandro Vieira (SE)
não chegou a votar e anunciou sua desfiliação do partido.
Os
deputados Daniel Coelho e Rubens Bueno (PR), além da senadora Eliziane Gama
(MA) e Comte Bittencourt, que dirige o Cidadania no Rio de Janeiro, serão
vice-presidentes. Assume o cargo de secretário-geral do partido o presidente do
Cidadania alagoano, Régis Cavalcante. Os novos colegiados respeitam o
percentual de 30% de mulheres em órgãos de direção, como prevê o Estatuto, e
também tem representantes dos setoriais de Diversidade e Igualdade.
“Aquilo
que surgiu em 1922 [ano de fundação do PCB] tem uma linha mestra. Uma linha de
pensamento e intervenção na política, voltada para uma sociedade mais justa,
com valores de fraternidade, concepção humanista e visão internacionalista.
Para ter continuidade, processo de modernização é necessário e se impôs. E
tivemos coragem de fazer. Nós agora precisamos chegar ao século XXI. Esse ano é
fundamental pra definimos se queremos ser contemporâneos do futuro”, defendeu
Freire.
Responsável
por uma proposta inicial de novo programa para o partido, que será aperfeiçoada
em discussões ao longo do ano, Caetano Araújo, da Fundação Astrojildo Pereira
(FAP), disse que a busca do partido é por reapresentar, no Brasil, um movimento
que já ocorre em outros lugares do mundo, como a Europa, de convergência entre
sociais-democratas, verdes e liberais progressistas. Uma agenda que alie
inclusão social, sustentabilidade e responsabilidade fiscal.
“O
Cidadania é necessário para levar esse conjunto de posicionamentos à frente de
forma mais consequente do que os partidos maiores. Isso situa o Cidadania num
campo que tradicionalmente chamamos de esquerda, mas uma esquerda renovada. A
pauta tradicional das esquerdas era equidade e inclusão social. A pauta
ampliada é equidade, inclusão social, sustentabilidade, responsabilidade
fiscal, cosmopolitismo e democracia. Uma esquerda democrática moderna, atual”,
sustentou.
Freire
lembrou ainda a importância histórica do partido, desde os tempos do PCB.
“Esse
partido não tem tendências ou bancadas e interesses por mais que sejam
legítimos. O que construímos aqui é o órgão máximo da permanência do partido,
entendendo as particularidades, os problemas dos estados e municípios. Mas um
órgão nacional, com pensamento nacional. Nunca tivemos grande expressão
numérica, mas sempre fomos um partido respeitado. Podem contar a história do
povo brasileiro, mas se não falarem de nós, não estarão contando a verdadeira
história do povo brasileiro, como disse Ferreira Gullar”, avaliou.
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