• Governador sobe de 25% para 29%, e candidato do PR mantém os 26%
Juliana Castro e Raphael Kapa – O Globo
Pela primeira vez desde o início da campanha eleitoral, o atual governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), aparece numericamente à frente do ex-governador Anthony Garotinho (PR) na disputa pelo Palácio Guanabara, com 29% contra 26%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, eles estão tecnicamente empatados na pesquisa Ibope divulgada ontem. No levantamento do dia 9, Pezão tinha 25% e Garotinho, 26%.
Marcelo Crivella (PRB) manteve os 17% dos últimos dois levantamentos, e Lindbergh Farias (PT) oscilou de 9% para 8%. O petista apostava que cresceria nas pesquisas com o início do horário eleitoral gratuito, o que não aconteceu. Tarcísio Motta (PSOL) tem 2%. Dayse Oliveira (PSTU) tem 1% e Ney Nunes (PCB) não atingiu 1%.
Cai percentual de votos em branco
Os votos em branco e nulos somam 10%. Na pesquisa anterior, esse índice era de 14%. Os indecisos são 7%; antes eram 6%.
- Comparado com os resultados das outras pesquisas, Crivella e Garotinho estacionaram, e Pezão ganhou quem antes estava votando em branco ou nulo. A tendência de crescimento do Pezão pode ser explicada por ter muito mais recursos, pela estratégia de esconder Sérgio Cabral da campanha e por ser um governador concorrendo - disse Marcus Dezemone, professor de História da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Na simulação de segundo turno, Pezão aparece com 43% e Garotinho tem 33%. Antes, o governador tinha 40% e o candidato do PR, os mesmos 33%. Desde o início da campanha, os dois trocam críticas sobre suas gestões à frente do Estado.
O Ibope também apontou a rejeição dos candidatos. A maior é a de Garotinho (39%), seguido de Lindbergh (18%), Pezão (16%) e Crivella (12%). Na pesquisa anterior, o candidato do PR aparecia com o mesmo percentual. Já Lindbergh tinha um ponto percentual a mais; o governador, 18%; e Crivella, 15%.
- O Garotinho é um candidato com um piso alto e um teto baixo. Ele tem uma rejeição forte - disse Felipe Borba, cientista político da UniRio. - O crescimento do Pezão era esperado, não vejo como surpresa. Ele tem muito tempo de televisão, é o candidato que mais arrecada e tem uma base grande, que alavanca sua candidatura.
O Ibope também ouviu os eleitores sobre a avaliação do governo Pezão. Para 4%, a gestão é ótima e, para 27%, boa. Ao todo, 38% disseram que era regular; 10%, ruim; e 9%, péssima.
Durante caminhada na noite de ontem no distrito de Goytacazes, em Campos, no Norte Fluminense, Pezão disse que vai manter a mesma tranquilidade de quando tinha 4%.
- Vamos continuar trabalhando. O povo sabe o governo que a gente fez, é um jeito de governar, estou muito satisfeito. As pessoas falavam que eu não passaria de 10%. Então, estar liderando a 13 dias da eleição é uma alegria muito grande - afirmou Pezão, na cidade que é reduto de Garotinho.
Diante do resultado, o candidato do PR afirmou que o importante é o percentual das urnas.
- Treino é treino e jogo é jogo - afirmou Garotinho. - Os números de nossa pesquisa interna continuam me colocando à frente do Pezão - completou o candidato do PR.
Lindbergh disse que uma onda de voto útil vai colocá-lo no segundo turno:
- Acredito que a eleição está em aberto. Faço um paralelo com a eleição de 2008. Crivella estava na frente, teve uma onda de voto útil, e o Eduardo Paes passou o Crivella. Quando isso aconteceu, teve uma segunda onda de voto útil que levou o Gabeira ao segundo turno. Vou trabalhar para ter uma segunda onda de voto útil que me leve ao segundo turno.
Crivella afirmou que continuará nas ruas para chegar no segundo turno:
- Eu tenho a agradecer ao povo fluminense, que tem me colocado nos primeiros lugares nas pesquisas. Acredito que nosso partido tem tudo para chegar no segundo turno.
Romário lidera disputa pelo Senado
Romário (PSB) segue na liderança da disputa ao Senado, com 44% de intenções de voto, o mesmo percentual da pesquisa anterior. Em segundo lugar, aparece Cesar Maia (DEM), com 21%, mesmo índice do levantamento divulgado dia 9. Já Carlos Lupi (PDT), Eduardo Serra (PCB) e Liliam Sá (PROS) aparecem empatados, com 2%. Brancos e nulos somam 15%, e não souberam ou não responderam, 11%.
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