BRASÍLIA - Um dos nomes mais cotados para substituição do presidente Michel Temer, em uma eventual eleição indireta, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), afirmou, em entrevista ao Estado, que a crise política pode ter dado uma “amenizada”, mas continua. Veja os principais trechos:
Entrevista com Tasso Jereissati
Igor Gadelha | O Estado de S.Paulo
Como o sr. avaliou a troca do ministro da Justiça?
Não conheço bem o novo ministro, Torquato Jardim. Não tenho a menor condição de julgar se foi bom ou ruim, nem se ele tem mais ou menos força sobre o TSE. No governo, troca de ministro é normal.
Se Torquato trocar o comando da PF agora seria um mau sinal?
Não acho que seja mau sinal. Acho que cada ministro tem seu pessoal de confiança. Mas nem sei se ele vai trocar.
O sr. concorda com avaliação de que crise política arrefeceu?
A crise continua. Pode ter tido uma amenizada, mas ela continua. Tem uma porção de coisas pendentes nos tribunais, até mesmo no TSE, que envolve políticos, dos três Poderes. Portanto, a crise continua. O País não ficará calmo enquanto tiver parte de lideranças importantíssimas, não só do governo, mas da oposição, envolvidas em julgamentos sobre corrupção.
Se o TSE adiar o julgamento da chapa Dilma-Temer, o PSDB também vai adiar sua decisão sobre desembarque do governo?
Não controlamos o TSE. O TSE é um órgão independente, jurídico, vamos ver o que acontece lá. No dia em que acontecer, a gente senta e resolve.
O sr. será candidato a presidente em eventual eleição indireta?
Não sou candidato. Não estou em campanha, não pretendo. Não acho construtivo colocação de nenhuma candidatura. Porque, primeiro, o presidente ainda está aí. E, segundo, qualquer coisa que aconteça tem de ser para pacificar o País.
E se o sr. for escolhido como aquele que vai “pacificar” o País?
A princípio, nunca pensei nisso, não vejo essa hipótese, não é prudente colocá-la.
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