- O Estado de S. Paulo
A delação da JBS acabou por derreter o pouco que restava de popularidade a Michel Temer. Na primeira pesquisa nacional realizada depois de vir à tona a gravação da conversa entre o presidente e o empresário Joesley Batista, apenas 6,4% classificam o governo como ótimo ou bom, contra 74,8% que o consideram ruim ou péssimo. Quando questionados genericamente, 84% dos entrevistados dizem que desaprovam o governo.
O levantamento, divulgado com exclusividade para a coluna, foi realizado pelo Paraná Pesquisas com 2.022 entrevistados em todo o País, de 25 a 29 de maio. A economia é o último fio a dar alguma sustentação a Temer, mas não é capaz de fazer com que os eleitores defendam sua permanência no cargo.
Questionados se dariam um “voto de confiança” ao peemedebista diante da perspectiva de a economia voltar a crescer e o desemprego cair, 73,5% disseram que não, contra 23,5% que responderam que sim. Diante da possibilidade de queda do presidente, 90,6% defendem a realização de eleições diretas, contra apenas 7,2% que propugnam escolha pelo Congresso – caminho expresso pela Constituição. No caso de eleição indireta, despontam como favoritos o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa (24,4%) e a atual ocupante do posto, Cármen Lúcia (13,2%).
A delação da JBS afetou ainda 2018: Jair Bolsonaro sai vitaminado em todos os cenários. Lula segue estável na liderança de intenção de votos e de rejeição. E, no PSDB, o prefeito João Doria Jr. tem o dobro das menções de Geraldo Alckmin: 13,4% no cenário em que aparece, contra 6,4% do governador contra os mesmos oponentes.
PRIVADO-PÚBLICO
Doria nomeia vice-diretor de construtora como assessor
Defensor de parcerias com a iniciativa privada para obras e serviços da administração municipal, algumas delas seladas sem licitações ou convênios, o prefeito João Doria nomeou como assessor especial, para cuidar justamente da área, o vice-presidente da construtora Cyrella, Claudio Carvalho. A Cyrella é uma das “empresas cidadãs”, como apelidou o tucano: é a responsável pela troca dos banheiros do Parque do Ibirapuera.
PÚBLICO-PRIVADO
Escritório que ‘levou’ procurador havia contratado sub da Receita
O ex-procurador da República Marcelo Miller, que até o fim do ano foi um dos braços direitos de Rodrigo Janot na Lava Jato, não foi o primeiro funcionário público a ter o passe adquirido pelo escritório Trench, Rossi & Watanabe, que ontem deixou de atuar na negociação de leniência da JBS. A banca “abduziu” há alguns anos o então subchefe de Fiscalização da Receita, Marcos Neder – que passou a representar os contribuintes contra o Fisco.
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