Gustavo Uribe | Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - O presidente Michel Temer cobrou R$ 1,6 milhão dos organizadores do protesto da última quarta-feira (24) por danos e estragos provocados no Ministério da Agricultura.
A ministra da AGU (Advocacia-Geral da União), Grace Mendonça, ingressará na noite desta terça-feira (30) com ação judicial por reparação civil no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).
O ressarcimento em relação aos seis demais prédios ministeriais afetados será solicitado em demais ações que serão ingressadas ainda nesta semana. A estimativa é de que o estrago total possa ter ficado próximo a R$ 5 milhões.
O mais prejudicado foi justamente o da Agricultura, no qual manifestantes atearam fogo. O pedido inclui R$ 1,1 milhão de estragos na estrutura física e R$ 530 mil correspondente a um dia de remuneração dos servidores públicos que tiveram de parar as atividades para evacuar o prédio.
No Planejamento, as depredações foram calculadas em R$ 300 mil. Como não foi possível identificar a maior parte dos manifestantes responsáveis pelos danos, a AGU acionou as centrais sindicais e os movimentos de esquerda que convocaram o protesto.
A manifestação teve as participações da Força Sindical, CUT (Central Única dos Trabalhadores), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), entre outros.
Em nota divulgada na própria quarta-feira (26), a Força Sindical classificou a manifestação como "pacífica e organizada", mas rechaçou a "infiltração de black blocs" em protesto "grandioso e significativo". "Não temos nada a ver com esses baderneiros", disse.
"E igualmente atribuímos ao despreparo da Polícia Militar de Brasília grande parte da responsabilidade pelas cenas lamentáveis de depredação do patrimônio público", afirmou.
O protesto teve episódios de confronto entre policiais e manifestantes. Ao todo, 49 foram feridos e 8 foram detidos pela Polícia Militar do Distrito Federal. A manifestação reuniu 45 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, ou 150 mil, de acordo com organizadores.
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