Ex-ministro, que deve ser confirmado nesta quinta-feira, 8, como pré-candidato do PDT à Presidência, ironiza as chances de Temer
Daiene Cardoso | O Estado de S.Paulo
Pré-candidato do PDT à Presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes disse ontem duvidar da possível candidatura à reeleição do presidente Michel Temer e afirmou que a disputa em outubro ficará entre ele e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
O PDT lançará a pré-candidatura de Ciro nesta quinta-feira, 8, em evento na sede do partido, em Brasília.
O ex-ministro é considerado um dos candidatos a herdar o eleitorado petista sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa. Segundo pesquisa Ibope de janeiro, o pré-candidato do PDT sairia de 6% para 13% nas intenções de voto no primeiro turno num cenário sem a candidatura do ex-presidente.
Após participar de reunião da bancada do PDT na Câmara, nesta quarta-feira, 7, Ciro disse que, além dele, há outros quatro pré-candidatos com chances de crescimento nas pesquisas de intenção de voto, caso Lula fique mesmo impedido de concorrer: o próprio Alckmin, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) – os três no mesmo campo – e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede).
“Parece que a disputa será entre nós (grupo de Ciro) e Alckmin”, afirmou o pré-candidato do PDT. Sobre as chances de Temer entrar na disputa eleitoral deste ano, Ciro ironizou. “Eu duvido bastante, por indigência eleitoral aguda”, disse.
Em um afago público a Lula, o presidenciável declarou que o ex-presidente segue na frente das pesquisas por merecimento, é o único a liderar uma candidatura hegemônica e não deixará de ser ouvido em qualquer circunstância.
Ciro disse que sempre esteve próximo do ex-presidente nos últimos anos. “Faz 16 anos que ajudo Lula. Melhor que qualquer retórica é o testemunho de vida”, afirmou. “Se isso não falar por si, é porque há muita intriga tentando desfazer uma realidade de vida.”
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