Líder de grevistas afirma que grupo político mantém paralisação para derrubar o governo
Geralda Doca, Manoel Ventura e Karla Gamba | O Globo
Novas demandas, como a queda do presidente Temer e até intervenção militar, prolongam o movimento grevista. O governo acusa a ação de “infiltrados”. -BRASÍLIA - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que há “infiltrados” na paralisação dos caminhoneiros:
— Temos informações de que alguns ali não são caminhoneiros e se infiltraram no movimento com objetivo político — disse Eliseu.
Por sua vez, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, afirmou que existem “intervencionistas” ameaçando quem quer voltar ao trabalho. Segundo ele, são pessoas ligadas a partidos políticos que querem derrubar o governo:
— Vou fazer uma denúncia bem séria. Não é mais o caminhoneiro que está fazendo greve. Tem um grupo muito forte de intervencionistas nisso aí. Vi isso hoje (ontem) em Brasília. Eles estão prendendo caminhão em tudo que é lugar. São pessoas que querem derrubar o governo. Não tenho nada a ver com essas pessoas, nem nossos caminhoneiros, que estão sendo usados, e nós não vamos permitir isso.
Dirigentes de entidades como União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) não concordam. O presidente da Unicam, José Araújo Silva, o China, disse que, embora reconheça que o acordo com o governo tenha sido bom para a categoria, os caminhoneiros com quem tem interlocução reclamam que o preço do diesel ainda não caiu e que, enquanto isso não acontecer, a paralisação vai continuar.
Já a CNTA informou que os caminhoneiros decidiram manter a greve por entender que o acordo do governo não atende às reivindicações da categoria.
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