segunda-feira, 17 de março de 2014

No Agreste, Eduardo diz que governo Dilma "distribui cargos como bananas"

Na Agenda 40 em Surubim, socialista cobra explicações da presidente e do PMDB, principal aliado do PT no plano nacional, sobre a crise na aliança

A menos de um mês para deixar o governo de Pernambuco e se dedicar exclusivamente à campanha para presidente da República, o governador Eduardo Campos (PSB) elevou novamente o tom das críticas à gestão Dilma Rousseff (PT). Em visita ontem a Surubim, no Agreste do Estado, o socialista disse que o PT distribui cargos como se fossem “bananas” e cobrou da presidente explicação sobre a crise com o PMDB, principal partido da base petista, que se rebelou na semana passada ao ajudar a oposição a convocar vários ministros e instalar uma comissão para investigar supostas fraudes na Petrobras.

Eduardo Campos esteve no interior ao lado do candidato ao Palácio das Princesas da frente governista, o secretário Paulo Câmara (Fazenda), além do ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), que disputará a vaga do Senado, e do deputado federal Raul Henry (PMDB), postulante a vice, para discutir propostas.

No discurso, Eduardo defendeu que o Brasil não “derreta na inflação, no populismo, na entrega dos cargos como se estivesse distribuindo bananas ou laranjas” e, em entrevista à imprensa após o evento, disse que cabe a Dilma Rousseff explicar a crise com o PMDB, já que desde 2010 o governo petista deixa claro que a aliança com o partido do vice-presidente Michel Temer é prioridade.

“A presidente não pode chegar agora, na véspera da eleição, e dizer que tem uma divergência de fundo com o PMDB, porque ela escolheu o caminho do PMDB para ser o principal aliado do governo dela. Ela não só colocou na vice como botou em importantes cargos do governo e agora tem um problema. Para quem está de fora, como eu, fica difícil entender exatamente o que está acontecendo, qual foi a natureza da divergência”, ironizou.

Nos bastidores, comenta-se que a movimentação dos peemedebistas mira mais cargos no governo e também foi provocada por insatisfações quanto ao rumo das negociações dos palanques estaduais para a eleição de outubro.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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