• Ex-governador de Pernambuco fez críticas indiretas ao programa federal que visa levar profissionais estrangeiros a áreas carentes
Pedro Venceslau e Ana Fernandes - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O pré-candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos, afirmou nesta terça-feira, 6, que o governo não tinha o que mostrar na área da saúde e que por isso fez o Mais Médicos. Em evento na Faculdade de Medicina da USP, Campos disse ainda que o governo manipulou o discurso e criou uma política imune a críticas por parte da população. "Ninguém ia ficar contra trazer médicos de onde viessem", disse ao lembrar a falta de profissionais principalmente no Norte e no Nordeste.
Campos disse que o programa até tem méritos, mas que é superficial e que, se não for gerido com muito cuidado, irá fracassar. "Num primeiro momento parece vitorioso, mas em um segundo momento será fortemente derrotado. Se fosse só trazer médico de fora, seria muito simples." O pessebista criticou a falta de formação profissional e disse que faltou planejamento de recursos humanos no setor. Apesar da crítica aos Mais Médicos, o ex-governador disse que vai manter o programa.
Durante o evento, Campos também se solidarizou com os médicos que se colocaram contra o programa. "A posição dos médicos não é corporativista, é de responsabilidade", disse o pré-candidato.
O pré-candidato defendeu um debate profundo para melhorar a qualidade dos serviços de saúde no País. Ele defendeu ainda a criação de medidas para avaliar as unidades de saúde. "Na saúde não tem base de dados tão segura como na educação, com o Ideb ou, mesmo com precariedade, como a segurança."
Nenhum comentário:
Postar um comentário