• Ex-ministra diz que PT e PSDB poderão ajudar a aprovar mudanças trabalhistas e tributárias
Germano Oliveira – O Globo
SÃO PAULO- A ex-ministra Marina Silva, pré-candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos, propôs ontem um pacto com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva pela governabilidade e pela aprovação das reformas que ela considerou indispensáveis para que “o Brasil continue dando certo”.
— Precisamos conversar com Fernando Henrique sobre a estabilidade da economia, que é assunto mais caro para o PSDB, enquanto com Lula pode- se falar sobre os avanços sociais. Mas tudo isso para aposentar da política a velha República, como Sarney, de quem Lula ficou refém. O mesmo aconteceu como Fernando Henrique em relação ao senador Antonio Carlos Magalhães (ACM). Isso não significa que vamos ser complacentes com os erros deles, mas vamos ver as contribuições que podem dar numa agenda de transição.
Por governabilidade não significa dar a Petrobras em pedaços como acontece — disse Marina Silva, em encontro com empresários do setor de supermercados, que empregam 4,5 milhões de trabalhadores em todo pais.
Entre as reformas que Marina entende que PSDB e PT poderiam ajudar a aprovar estão
a política, a tributária, a previdenciária e a trabalhista.
— Fazer reforma não é fácil neste país. Tanto assim que um presidente sociólogo ficou oito anos no poder e não fez a reforma política, e um presidente operário ficou oito anos no poder e não fez a reforma trabalhista.
Mas as reformas são importantes para garantir que o Brasil continue dando certo —
disse Marina.
Para a ex-ministra, Campos tem noção das dificuldades de fazer as reformas necessárias.
— Não vai ter mágica. Eduardo não vai fazer tudo de uma vez. As reformas têm que ser
feitas gradativamente.
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