• Em reunião com Renan e senadores, ministro é aconselhado a conversar com deputados sobre criação de impostos
Cristiane Jungblut - O Globo
- BRASÍLIA- Depois de um encontro de uma hora e meia com o presidente do Senado, Renan Calheiros ( PMDB- AL), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu ontem que será “difícil” a discussão no Congresso das medidas do pacote fiscal. A dificuldade maior está na proposta de recriação da CPMF. O pacote anunciado segunda- feira passada tem o objetivo de reverter o déficit de R$ 30,5 bilhões no Orçamento de 2016, mas as propostas de mudanças ainda não foram enviadas oficialmente ao Congresso.
Para Levy, é preciso entender que as medidas são um “esforço” necessário para “equilibrar a economia”:
—E a discussão do Orçamento, que também é uma discussão importante, discussão que a gente sabe que é difícil. Porque é lógico que, toda vez que você tem uma desaceleração econômica, há um sacrifício de todo mundo, um esforço de todo mundo, e o esforço nunca é pequeno. Mas é uma discussão muito importante para a gente dar rumo.
Segundo um participante do encontro, Levy foi aconselhado pelos senadores a discutir criação de impostos, como a CPMF, diretamente com a Câmara, comandada pelo deputado Eduardo Cunha ( PMDB- RJ), porque lá que as propostas começam a tramitar. Além de Renan, participaram o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira ( CE), e o senador Romero Jucá ( PMDB- RR).
— A gente tem que ter o entendimento é do esforço que todas as medidas de ajuste significam, mas por uma causa importante: a gente tem que equilibrar nossa economia, botá- la em condições de voltar a crescer — disse o ministro.
Levy começou a discutir com a cúpula do Senado um pacote pós- ajuste, como forma de tentar estimular a economia. O ministro disse que o governo apresentará um projeto simplificando o PIS/ Cofins:
— Essa reforma no PIS/ Cofins tem a capacidade de ajudar no crescimento e é particularmente importante para criar um ambiente positivo assim que a gente superar a discussão do Orçamento. É a continuação da discussão da Agenda Brasil, sobre o que a gente quer além do ajuste, quais as mudanças estruturais irão facilitar o investimento.
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