• Iniciativa vai na direção oposta a o que o Brasil precisa, disse o tucano
Ricardo Brito – O Estado de S. Paulo
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta segunda-feira, 21, que o apoio do partido para aprovar a nova CPMF é impensável. Para o tucano, a iniciativa vai na direção oposta do que o Brasil precisa, que é recuperar sua economia e realizar investimentos. A proposta, diz ele, vai aprofundar ainda mais o quadro recessivo em que o País está mergulhado.
"Falta a esse governo, para superar essa crise, confiança, credibilidade. O próprio governo não está confiante. O que eu vejo é um governo que acha que governa, mas não governa mais", criticou Aécio, em entrevista coletiva.
Para o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), a proposta não vai ser aprovada pelo Congresso. "A CPMF não passa: além de não resolver o déficit da previdência, é injusta com os mais pobres, inflacionária e travadora de novos investimentos. Vão nos encontrar mais uma vez pela frente", disse.
A respeito da condenação do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto a 15 anos de prisão, anunciada hoje pela Justiça, Aécio afirmou que demonstra um havia um esquema para se apoderar do Estado brasileiro. "Nós assistimos à condenação de todo esse esquema institucionalizado no País que o PT montou para se manter no Poder", criticou.
Para o tucano, que mencionou em pronunciamento no plenário parte da sentença do juiz Sérgio Moro, chamou a atenção o trecho que diz que "a corrupção gerou impacto no processo político democrático, contaminando-o com recursos criminosos".
Segundo Aécio, é preciso respeitar a lei e não se pode eleger com dinheiro de corrupção e propina. Mais uma vez, o tucano pediu que as instituições como Tribunal de Contas da União e Tribunal Superior Eleitoral cumpram o seu dever de investigar supostas irregularidades cometidas pelo governo ou pela campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Para Agripino Maia (RN), a condenação de Vaccari representa a condenação do próprio PT. "A quem ele e suas ações eleitorais serviam? Falta esclarecer o destino do que foi arrecadado pelas práticas, agora julgadas e condenadas", disse.
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