quinta-feira, 19 de maio de 2022

Após pesquisa, presidentes do PSDB, MDB e Cidadania concluem que Tebet é mais viável

Decisão sobre Tebet ainda precisa ser referendada pela Executiva dos três partidos que vão se reunir na próxima terça-feira

Eduardo Gonçalves / O Globo

BRASÍLIA — Em reunião a portas fechadas, os presidentes do PSDB, MDB e Cidadania chegaram à conclusão nesta quarta-feira que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) é mais viável eleitoralmente do que o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB). Os três dirigentes — Bruno Araújo (PSDB), Baleia Rossi (MDB) e Roberto Freire (Cidadania) —  combinaram entre si que vão levar agora o nome da parlamentar para ser referendado pela Executiva dos três partidos na próxima terça-feira.

A decisão foi baseada na análise de uma pesquisa feita pelo Instituto Guimarães, com mais de 2.000 entrevistados, no último fim de semana. Segundo interlocutores que participaram da reunião e tiveram acesso aos dados, Doria apareceu com uma rejeição acima de 50%, enquanto o índice de Simone ficou na casa dos 20%.

Apesar de Doria estar à frente nas intenções de voto, a leitura que imperou entre os dirigentes é que Simone teria mais espaço para crescer assim que se tornassem mais conhecida no país. 

A pesquisa, sem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não foi divulgada oficialmente pelos presidentes dos partidos, que planejam consultar os respectivos partidos antes de bater o martelo sobre quem seria o candidato único da terceira. 

No encontro, que foi realizado na sede do Cidadania, em Brasília, o professor Paulo Guimãres, do instituto que leva o seu nome, ainda apresentou uma leitura de que o pleito deste ano será a "eleição das mulheres". E que a figura materna e menos afeita a conflitos de Tebet contaria a favor dela numa disputa polarizada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) - os dois lideram as pesquisas eleitorais até agora.

Guimarães se recusou a informar os dados e frisou que a pesquisa foi feita para consumo interno. Mas afirmou que Doria apareceu com uma rejeição "monstruosa", assim como Lula e Bolsonaro. Conforme os interlocutores, o levantamento mostrou que 59% dos entrevistados - ou seja, mais da metade - declararam que a polarização é ruim para o país. Esse número empolgou os três dirigentes.

Na saída do encontro, Araújo, Baleia e Freire não quiseram anunciar oficialmente a opção por Tebet, restringindo-se a dizer que consultariam antes a Executiva de cada partido para decidir o postulante de consenso.

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