sábado, 9 de novembro de 2013

Tucanos e socialistas caçam candidatos a governador do Rio

Com principais adversários já definidos, PSDB não consegue conquistar Bernardinho; sem nome próprio, PSB quer conversar com Gilberto Gil, do PV

Letícia Fernandes

Na caça a um candidato para concorrer ao governo do Rio, terceiro maior colégio eleitoral do país, e com os pré-candidatos de PMDB (Luiz Fernando Pezão), PT (Lindbergh Farias), DEM (Cesar Maia) e PR (Anthony Garotinho) já definidos, socialistas e tucanos procuram o postulante ao cargo dos sonhos, mas têm dificuldade de emplacar um nome competitivo.

O PSDB queimou a largada e confirmou, na terça-feira, o nome do técnico de vôlei Bernardinho, negado, em seguida, por sua mulher, a ex-jogadora Fernanda Venturini. Na baia socialista, o presidente do PSB, Eduardo Campos, está ansioso por uma definição.

Com a falta de quadros tradicionais do partido interessados em disputai e de olho nos 2,6 milhões de votos que a ex-senadora Marina Silva recebeu no Rio nas eleições de 2010, o PSB sondou o ator Marcos Palmeira, que recusou o convite. Agora, Campos quer conversar com Gilberto Gil, filiado ao PV Voltou a ganhar força, ainda, o nome do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão.

Nesse contexto, nem Romário, presidente do PSB do Rio, é descartado. — o Romário é uma liderança, pode disputar uma majoritária no Rio. Ele está nos ajudando a prospectar quadros, como o Temporão, Marcos Palmeira está animado. Para governador, não há, neste momento, nenhum indivíduo reivindicando para si essa questão (de se lançar candidato), está todo mundo de acordo em traçar um projeto, para depois achar a pessoa que pode incorporar isso — disse Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara, que acredita que o nome do candidato possa sair de urna reunião com artistas no dia 23 de novembro.

Com a dificuldade de vislumbrar um candidato, socialistas cogitam formar bloco com PV, PROS, PPS e PSDB para dar palanque a Campos e Aécio, nos moldes de 2010, quando José Serra e Marina Silva dividiram palanque no Rio. Apesar da movimentação, a prioridade de Campos é lançar candidato próprio. — Sinto que ele (Campos) está ansioso.

Ele quer ter um candidato para o Rio, vamos buscar um nome que faça sentido para o estado e que ajude na eleição do Eduardo Campos, com a ressalva de que, para ter o mínimo de viabilidade política, talvez precise ter um duplo palanque. Desse conjunto de forças, quem está empenhado em viabilizar uma candidatura é o Miro — explica o deputado marineiro Alfredo Sirkis (PSB).

Para Miro Teixeira, não é hora de discutir candidatura: — Não entrarei nessa discussão, estou dedicado ao meu mandato. Tem muita gente querendo provocar ruídos. Não são jogos ilegítimos, eu é que não quero entrar nisso agora.

Fonte: O Globo

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