SÃO PAULO - O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), atacou ontem a participação da presidente Dilma Rousseff no evento para comemorar os 10 anos do PT no poder.
Em contraposição aos petistas, que evitam falar do mensalão, o tucano fez questão de associar o ato do partido ao escândalo.
"Na quarta-feira a presidente Dilma vai encontrar o José Dirceu e o [ex-presidente] Lula numa grande reunião em São Paulo. Será possível que a presidente da República pode ir para uma reunião com um cara que faz semanas foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal?", disse.
Na divulgação do evento à imprensa, o PT não menciona a participação de Dirceu no ato. Fala apenas da presidente Dilma e de seu antecessor.
A expectativa sobre a ida do ex-ministro foi informada ontem pela coluna Mônica Bergamo, da Folha.
Segundo Guerra, um eventual encontro da presidente com o ex-ministro José Dirceu, condenado pelo STF no processo do mensalão, mostraria uma Dilma "sem respeito às instituições" e que tem o combate à corrupção apenas como fachada de governo.
"A Dilma tem ou não respeito tem pelas instituições? Ela é ou não é a favor do mensalão? Se ela for lá [no ato do PT] ela é favor do mensalão. Não tem nada dessa história de austeridade. Tudo é falso."
O tucano deu as declarações em um seminário para o PSDB de São Paulo. No evento, marcado por críticas ao PT, Guerra defendeu que o senador Aécio Neves se apresente como pré-candidato à Presidência "o mais breve possível".
Guerra disse que o PSDB deverá fazer prévias para consagrar seu candidato e pediu unidade.
"Não existe São Paulo versus Minas. Se Aécio quiser ser presidente da República, sabe que tem que fincar o pé em São Paulo."
O PSDB se reúne amanhã, em Brasília, para definir sua mobilização para se contrapor à dos 10 anos do PT no poder.
Fonte: Folha de S. Paulo
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