Potencial candidato, governador do PSB cobra 'agenda do crescimento'
Aliados da presidente atribuem queda de popularidade, atestada pelo Datafolha, à alta de preços no 1º trimestre
Daniel Carvalho e Catia Seabra
SÃO PAULO, BRASÍLIA - Após criticar os rumos da economia sob Dilma Rousseff, o governador Eduardo Campos (PSB-PE), censurou ontem, sem citar nomes, os que "torcem para [para o desempenho econômico do país] dar errado".
"Eu acho lamentável que as pessoas, para viabilizar uma candidatura, tenham que torcer para dar errado", afirmou o governador, em um evento no Recife, após ter sido questionado sobre a queda de popularidade de Dilma, atestada pelo Datafolha.
O levantamento mostrou que a aprovação ao governo caiu de 65% para 57% em dois meses e meio. As intenções de voto da petista caíram de 58% para 51% no cenário mais provável para 2014.
"Devemos centrar os nossos esforços [em] ajudar o Brasil a se entender em torno de uma agenda do crescimento econômico", disse o governador. Campos, potencial candidato à Presidência, manteve-se com 6% das intenções de voto e ocupa o quarto lugar, atrás de Marina Silva (sem partido), com 16%, e de Aécio Neves (PSDB-MG), com 14%.
Aliados
Aliados de Dilma atribuíram sua queda à alta de preços. Segundo o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), o que pesou "foi a falta de dinheiro no bolso do povo".
Presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi (RJ) afirmou que a queda reflete "o aumento dos preços da cesta básica e das passagens".
"Se houver queda acentuada, ela [Dilma] deve estar de prontidão", diz o secretário-geral do PR, senador Antonio Carlos Rodrigues (SP).
Para o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), o resultado "acende o sinal amarelo".
O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirma que a pesquisa é um sinal de que haverá segundo turno e "não será esse passeio".
Fonte: Folha de S. Paulo
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