• Preocupação é dissociar movimento para afastar a presidente de aliança com peemedebistas
- O Globo
-BRASÍLIA- Líderes da oposição tentaram ontem dissociar o apoio ao impeachment de uma aliança com o PMDB. Nas reuniões após a Operação Catilinárias, os tucanos defenderam o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o mais rapidamente possível e se mostraram divididos sobre a eventual participação num governo liderado pelo vice-presidente Michel Temer, presidente do PMDB:
— Nossa posição é muito clara. Queremos a continuidade do processo de afastamento de Cunha e os dois votos do PSDB hoje no Conselho foram decisivos para admissibilidade da denúncia contra ele. O PSDB também é a favor do impeachment. Quanto à discussão de apoio a um governo Michel Temer, isso se dará em outro momento. Podemos ajudar de várias formas. Não cogito participar do governo — disse o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), ao ser questionado se os tucanos não estão constrangidos por apoiar o impeachment ao lado do PMDB.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que sua posição, independentemente do envolvimento do PMDB nos desvios apurados na Operação Lava-Jato, é contrária a qualquer apoio a Temer.
— Dilma e Temer representam o mesmo governo eleito em 2014. Na democracia quem perde faz oposição. É dever. Temer não é mudança é continuidade de um sistema promíscuo. Participou dele como presidente do maior partido e deu a ele sustentação política. Se Temer assumir continuarei na oposição — disse Dias.
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), também disse ser necessário separar o PMDB do processo de impeachment e de um governo de transição chefiado por Temer.
— Temer seria mais do que um peemedebista no governo. Seria intérprete de uma transição pluripartidária e de salvação nacional.
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