- Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - Sem discussão, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou na noite desta terça-feira (15) um recurso da presidente Dilma Rousseff contra decisão do ministro Gilmar Mendes de enviar para Polícia Federal e Ministério Público Federal pedido de investigação de eventuais crimes que possam ter ocorrido na campanha à reeleição.
A defesa de Dilma argumentava que a prestação de contas da petista e do vice-presidente, Michel Temer, foi aprovada com ressalvas e, portanto, não haveria mais justificativas para que o caso fosse reaberto pelo ministro.
Os recursos apresentados por Dilma são os chamados "embargos de declaração", que contestam omissões, contradições ou obscuridades no acórdão (documento que resume as decisões tomadas durante o julgamento), mas foram rejeitados por unanimidade. Não houve debate na sessão.
A partir da manifestação de Gilmar Mendes, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar suspeitas de ilegalidades na campanha.
A presidente nega irregularidades em sua campanha presidencial. O PT também já informou ter recebido apenas doações legais durante a campanha.
Segundo informações somadas pelos técnicos do TSE, empresas sob suspeita de participar do esquema de corrupção da Petrobras doaram R$ 172 milhões ao PT entre 2010 e 2014.
Mendes aponta que parte desses valores suspeitos foram transferidos para a contabilidade da campanha de Dilma.
Tramitam atualmente no TSE quatro ações que questionam a prestação de contas da campanha petista à Presidência, todas movidas pelo oposicionista PSDB.
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