Por Vandson Lima – Valor Econômico
BRASÍLIA - Considerada fundamental para a definição dos rumos do PMDB em sua convenção nacional, que ocorrerá em março, a eleição do líder da bancada da sigla na Câmara dos Deputados em 2016 ficará para depois do Carnaval.
Após reunião de parlamentares realizada ontem, ficou definido que os postulantes terão até o dia 3 de fevereiro para se inscreverem e a eleição ocorrerá duas semanas depois, no dia 17. Estão colocados por enquanto os nomes do atual líder, Leonardo Picciani (RJ), e de Leonardo Quintão (MG), que chegou a assumir o posto por pouco mais de uma semana, em dezembro, quando a bancada destituiu Picciani por discordar da escolha dos integrantes da comissão que julgará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O vitorioso terá de obter os votos da maioria absoluta da bancada.
Tanto o grupo de Quintão quanto Picciani rechaçaram a possibilidade de lançamento de uma terceira candidatura, que receberia o apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Cunha está conosco", garantiu Quintão, para quem os votos de parlamentares ligados a Cunha são fundamentais para fazer frente ao atual líder.
Para Picciani, a pacificação das relações na bancada é necessária que o PMDB encontre uma maneira de sair unido da convenção nacional, em março. O vice-presidente Michel Temer, que comanda o PMDB desde 2001, sofre resistências do grupo ligado a Picciani e de senadores da sigla, capitaneados pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Não há uma correlação, uma tratativa entre uma questão e a outra. Mas evidentemente, um clima de maior normalidade da bancada ajuda a gerar normalidade para a convecção de março", observou Picciani.
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