Em Contagem, manifestantes ocupam a avenida Cardeal Eugênio Pacelli; estações Diamante, Barreiro e Venda Nova não têm circulação de ônibus
Fernanda Viegas /Aline Diniz / Lucas Simões
A praça Sete começa a ser tomada, na manhã desta quinta-feira (11), por ativistas que aderiram ao Dia Nacional de Mobilização e Greve. Os ativistas já fecham a Afonso Pena, nos dois sentidos. A intenção dos manifestantes é realizar uma passeata percorrendo os seguintes pontos: prefeitura, Palácio da Liberdade, Assembleia Legislativa, Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e Rede Globo. Segundo a Polícia Militar (PM), cerca de 30 pessoas estão no local.
Os ativistas esperam a adesão de 20 sindicatos. Os três grupos principais que participam do movimento são: metroviários, profissionais da educação e da saúde.
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) acompanha de perto toda a movimentação neste dia de mobilização pela capital e região metropolitana. De acordo com o chefe da assessoria de imprensa da PM, major Gilmar Luciano Santos, a polícia está preparada para agir caso o movimento deixe de ser pacífico. “Nós fizemos vários contatos e acompanhamos todas as negociações (das centrais sindicais) e estamos a par de todo o planejamento. Estamos trabalhando em cima de u tripé: situação de normalidade, quando nada acontece, situação de normalidade com pontos de manifestação, que é o caso de hoje, e possibilidade de haver algum tipo de quebra de ordem pública”, explicou.
Ainda, segundo o major, policiais militares estão espalhados por pontos estratégicos na capital e região, além de mais de 1.500 militares a postos na academia de polícia. Equipes da cavalaria também estão nas ruas e três helicópteros da corporação estão prontos para levantar voo, caso seja necessário.
Transporte
Protestos já acontecem, na manhã desta quinta, nas três estações BHBus da capital. Na região do Barreiro, de acordo com a Polícia Militar (PM), cerca de 180 pessoas impedem a saída dos ônibus. Segundo a BHTrans, a circulação dos coletivos parou às 6h30.
Na Estação Diamante, cerca de 150 realizam um movimento pacífico e, de acordo com BHTrans, os ônibus não circulam desde às 7h20.
Motoristas estão a postos para trabalhar na Estação Venda Nova, desde 6h27 os ônibus não rodam, segundo a BHTrans.
Já na avenida Cardeal Eugênio Pacelli, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, aproximadamente 250 integrantes do sindicato dos metalúrgicos protestam por lá e fecham os dois sentidos da via, segundo a Transcon. O grupo segue para a avenida General David Sarnoff. Esse bloqueio reflete no trânsito das avenidas Amazonas e Tito Fulgêncio.
A polícia não sabe informar quais são os grupos que se manifestam, mas acompanha o movimento de perto.
A Liga dos Operários informou, por meio de nota, que pararam as estações nesta manhã para reivindicar contra baixos salários, contra a dupla função, contra demissão dos cobradores, pelo pagamento integral da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e da insalubridade e contra o "oportunismo que se encontra encastelado da direção do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários".
Dados
A BHTrans informou que uma média de 150 mil pessoas circulam na Estação do Barreiro diariamente, utilizando os ônibus. Na Diamante, a média é de 65 mil usuários por dia.
Fonte: O Tempo
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