O
presidente da vergonha alheia
Deputados
franceses caíram na gargalhada ao ouvir que a hidroxicloroquina ainda era
receitada para o tratamento de Covid no Brasil.
A
situação é trágica. Em virtude das ações deste governo risível, milhares de
pessoas morrem diariamente.
O cenário nos faz perceber o que talvez já fosse óbvio desde o início:
Bolsonaro e o bolsonarismo não se sensibilizam com o sofrimento do outro.
A
gargalhada dos parlamentares franceses pode nos indicar outra estratégia: a
ridicularização. A tática é difícil, porque implica descer na escala da
razoabilidade, mas é, de fato, risível o áudio no qual o presidente ameaça
encher o líder da oposição no Senado de "porrada".
Sério? Um senhor que não sabe nem fazer uma flexão de braço. O "tigrão de
Twitter" que se alvoroçou com a declaração precisa ser lembrado do próprio
ridículo.
Bolsonaro
ameaçou bater em jornalista, ameaçou golpe, ameaçou bater no senador, ameaça
ministros do STF e, na prática, vemos o quê? O abraço apertado em Dias Toffoli
quando finalmente o deputado do baixo clero, que passou anos gritando
atrocidades para ser ouvido, foi convidado para assistir a um jogo de futebol.
O cara que ameaça "dar porrada" vive reclamando que não consegue fazer nada. Fosse um homem forte, teria assumido o controle. Fugir da responsabilidade é coisa de menino.
Bolsonaro
é movido pela própria pequenez.
Chamá-lo de genocida ou criticar uma política pública não o atingem. O que pega
é todo mundo descobrir o garoto que nunca foi chamado para a festinha,
o político que ninguém leva a sério.
Schopenhauer escreveu nos seus "Aforismos para a Sabedoria na Vida" que o tolo vestido de púrpura, quando sozinho, geme sob o peso da sua pobre individualidade. Bolsonaro tem medo que mais gente descubra seu fracasso, do qual ele, consciente da própria existência, tenta fugir. Grita que é forte para se convencer, enquanto ilude os eleitores que veem nele a chance de ressignificar a própria fraqueza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário