Karla Correia, Amanda Almeida
Nove estados reúnem as 33 cidades interioranas que terão segundo turno e, devido
aos capitais eleitoral e financeiro, estão no foco das estratégias dos partidos
para as eleições de 2014. Ao todo, esses municípios concentram 11,74 milhões de
eleitores e são capazes de mudar os rumos da corrida pelos governos estaduais
daqui a dois anos.
A negociação pelo apoio do candidato derrotado do PMDB à prefeitura de São
Paulo, Gabriel Chalita, à campanha do petista Fernando Haddad deu uma amostra
da relevância dessas prefeituras para o cenário político de 2014. O PMDB só
embarcou na campanha de Haddad depois de firmado um pacto de não agressão em
Mauá (SP), onde as duas legendas se enfrentam no segundo turno. Em todo o país,
os dois partidos disputam quatro prefeituras nessa segunda fase das eleições
municipais.
No estado paulista, Santo André, Campinas e Diadema estão no centro da
estratégia petista para a disputa pelo governo estadual. O partido tenta manter
o poder no chamado cinturão vermelho de municípios da Grande São Paulo, na
tentativa de construir um polo de influência capaz de enfrentar a hegemonia
tucana no estado: o PSDB elegeu 172 das 645 prefeituras de São Paulo e ainda
domina o maior eleitorado no estado.
Depois de eleger 120 prefeitos a mais do que em 2008 no primeiro turno, o
PSB comemora o resultado de olho nas grandes cidades em jogo nas duas próximas
semanas. A conquista desses municípios passa pelo projeto da legenda de se
descolar do PT e fortalecer o nome do governador Eduardo Campos, presidente
nacional do PSB. O partido levou importantes capitais bilionárias no primeiro
turno — Belo Horizonte e Recife —, além da também rica São José do Rio Preto
(SP).
Fonte: Correio Braziliense
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