PSDB, que tem a vice
na chapa encabeça pelo PSB, saiu na frente e já tem apoio do PTB; PT espera que
PMDB siga decisão da capital e apoie petista
Ricardo Brandt
CAMPINAS - O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumiram
pessoalmente as negociações com PMDB, PDT e PTB por alianças para a disputa do
segundo turno em Campinas (SP), entre os candidatos Marcio Pochmann (PT) e
Jonas Donizette (PSB). Com isso, o quadro deve seguir o mesmo caminho das
composições na capital entre os candidatos do PT e do PSDB.
O PTB oficializou na
quinta-feira a aliança com Donizette, após reunião, em São Paulo, entre Alckmin
e o deputado estadual Campos Machado, presidente do diretório paulista da
sigla. O governador assumiu as conversas para ampliar a base de sustentação do
PSB em Campinas, que tem o PSDB na vice. O acordo com o PTB em Campinas fez
parte das negociações para a aliança em São Paulo, com o candidato José Serra.
"Esse é um apoio
muito importante, os candidatos a vereador do PTB tiveram 33 mil votos e é o
partido com maior número de filiados na cidade", afirmou o candidato do
PSB.
Indefinição. O PMDB -
principal aliado para os dois adversários nesse segundo turno - só vai anunciar
apoio na cidade no início da próxima semana, afirmou o presidente municipal do
partido, vereador Dário Saadi. Ele e o presidente estadual do partido, deputado
Baleia Rossi, se reuniram com o presidente estadual do PT, Edinho Silva, na
quarta-feira, em São Paulo, para tratar da disputa na cidade.
O partido deve seguir
o mesmo caminho do PMDB na capital, que oficializou apoio ao candidato petista
Fernando Haddad. Os acordos em relação a capital, Campinas e outras cidades
onde haverá segundo turno foram discutidos um dia antes, por Lula e pela
presidente Dilma Rousseff. As conversas de aproximação entre PT e o PMDB foram
mantidas com o presidente nacional do partido, o vice-presidente da República,
Michel Temer.
O atual prefeito e
candidato derrotado, Pedro Serafim (PDT), esteve na quarta-feira, ao lado do
presidente nacional do partido, Carlos Lupi, reunido com Lula e depois com
Alckmin. Ex-ministro do Trabalho no governo Dilma, Luppi afirmou que os acordos
envolvendo outras cidades, como na capital paulista, onde o partido apoiou o
candidato tucano José Serra, não influenciarão na decisão em Campinas.
"A composição em Campinas vai depender de uma definição com o prefeito
Pedro Serafim, que foi bem votado e deve trabalhar para manter uma harmonia com
sua coligação", disse Lupi. O prefeito conversou pessoalmente nesses
encontros com Lula e com Alckmin e até o fim da tarde de quinta-feira não havia
anunciado sua decisão.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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