Condenados festejaram com amigos e parentes; petista diz que sua confiança na Justiça foi restabelecida
Gustavo Uribe, Flávio Freire e Sérgio Roxo
SÃO PAULO - Aliviados, os réus do mensalão comemoraram ontem a decisão do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, de rejeitar pedido de prisão imediata dos condenados no escândalo. Em seu apartamento, na capital paulista, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu recebeu telefonemas de amigos e petistas, entre eles o atual presidente do PT, Rui Falcão. Em sua casa, o ex-presidente do PT José Genoino recebeu um grupo de amigos, e todos se abraçaram no momento em que foi anunciada a decisão.
Na companhia de parentes, Dirceu acompanhou durante a manhã o noticiário, à espera do anúncio de Joaquim. Para acalmar os ânimos, sintonizou em um canal de música popular. Ao receber a notícia de que não seria preso, ficou aliviado.
O advogado do PT Marco Aurélio Carvalho, que estava no apartamento, disse que ele recebeu a decisão com "equilíbrio e serenidade". No fim da tarde, o petista seguiu para Passa Quatro (MG), onde passará o Natal com a mãe.
- Ele ficou muito feliz com a notícia e vai passar o Natal com a família, o que é muito importante. Seria um absurdo fazer uma coisa dessas (mandar prender os condenados) - afirmou o ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Artur Henrique.
Em sua casa, antes mesmo da decisão, José Genoino disse que vem sofrendo uma "tortura psicológica" desde que seu nome foi envolvido no esquema do mensalão. Segundo ele, às vésperas do Natal, a situação ficou ainda mais difícil. Ao lado de um grupo de amigos, passou a manhã recebendo telefonemas. Ele falava alto para agradecer aos apoios.
- Diga ao mundo que eu não vou falar com ninguém - disse, após jornalistas abordarem um de seus parentes.
Alberto Toron, advogado do deputado João Paulo Cunha (PT-RS), disse que o cliente ficou "feliz e muito emocionado".
- Essa decisão restabeleceu a confiança dele na Justiça brasileira. O ministro Joaquim Barbosa merece aplausos. Ele fecha com chave de ouro o ano jurídico - afirmou.
Fonte: O Globo
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