Tesouro prevê que volume pode fechar o ano acima de R$ 2 tri
Cristiane Bonfanti
A dívida pública federal somou R$ 1,965 trilhão em novembro, um aumento de 1,1% com relação ao mês anterior. A alta foi provocada, sobretudo, pelas emissões de papéis bem acima dos resgates de títulos feitos pelo governo, e pelo impacto das despesas com pagamento de juros, que totalizaram R$ 16,55 bilhões, segundo dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional.
A expectativa do governo é que, no fechamento deste ano, o endividamento público federal fique, no máximo, em R$ 2,05 trilhões.
José Franco de Morais, coordenador de Operações da Dívida Pública, estimou que no fechamento do ano o montante deverá ultrapassar R$ 2 trilhões, mas ainda dentro do limite. Para ele, porém, o patamar não é preocupante. Em janeiro, a dívida deverá voltar a cair, previu, devido ao número de títulos com vencimento no mês que vem. Só em 1º de janeiro, há cerca de R$ 120 bilhões em títulos públicos que vão vencer.
- A dívida pública com relação ao PIB continua decrescente - ressaltou Morais.
O coordenador destacou ainda que durante o ano houve uma melhoria na composição do estoque da dívida pública, com prazos mais longos e custos mais baixos. Morais ressaltou também o aumento no número de investidores estrangeiros, que chegaram ao recorde de 13,88% de participação sobre o total de títulos em novembro.
Fonte: O Globo
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